Fotografias de Dilma serão mantidas em salas e gabinetes
BRASÍLIA - O novo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou nesta sexta-feira que o presidente interino, Michel Temer, decidiu que não serão retiradas as fotos oficiais da presidente afastada Dilma Rousseff, presentes em salas e gabinetes da administração federal. Segundo o ministro, Temer argumentou que sua gestão é ainda provisória e, portanto, a foto de Dilma deve ser mantida. A orientação foi dada durante a primeira reunião ministerial do governo Temer.
— Onde hoje existe a fotografia da presidente Dilma Rousseff ,não deve haver modificação. Será preservada a foto da presidente em todos os locais da administração. O presidente Michel enxerga este governo, hoje, como um governo transitório — disse Padilha.
No encontro entre o presidente interino e sua equipe ministerial, que começou por volta das 9h, ele ouviu sugestões e tentou esboçar, por áreas, as primeiras medidas do governo. Estudos feitos por sua equipe desde o começo do ano foram entregues aos novos ministros. Entre eles há levantamentos relacionados aos programas Bolsa Família, Prouni, Fies e Pronatec.
Na reunião, o governo anunciou que pretende reduzir 4 mil cargos de confiança até o final do ano e aprovar a nova meta fiscal no Congresso na próxima semana. O ministro do Planejamento, Romero Jucá ressaltou que não haverá corte de programas sociais que efetivamente estejam funcionando, mas avisou que o governo vai auditar os programas. Segundo ele, os programas atuais têm cadastros que não se cruzam, e o novo governo vai ter o cuidado de fazer esse cruzamento e a análise efetiva de quem está recebendo e o que está recebendo.
A presidente Dilma Rouseff, em sua primeira entrevista concedida após ter sido afastada por até 180 dias pelo Senado, reafirmou o caráter provisório do governo liderado por seu vice-presidente.
— Tudo indica que o governo Temer será liberal na economia e conservador nas políticas sociais. Há um governo interino e ilegítimo em termos de votos — afirmou.