Bolsonaro reage a propostas de Ciro e Lula e lança programa para endividados
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quinta-feira (6) que a Caixa Econômica Federal lançará um programa para que pessoas e empresas possam renegociar dívidas que têm com a instituição financeira. O mandatário disse que poderá "ser negociado até 90%" das contas em aberto.
O lançamento ocorre em meio à campanha eleitoral e logo depois de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ter acatado proposta nesse sentido apresentada por Ciro Gomes (PDT), que ficou em quarto nas eleições presidenciais, para ter o apoio dele.
Bolsonaro fez o anúncio em reunião com deputados eleitos e em atividade da base aliada no Palácio da Alvorada. O presidente disse que o programa será apresentado pela presidente da Caixa, Daniella Marques.
"Ela vai anunciar programa 'vá para o azul', programa que vai mexer com a vida de 4 milhões de pessoas que têm dívida na Caixa Econômica e 400 mil empresas também. Quem tem dívida vai para negociação, pode ser negociado em até 90%, além do programa para mulheres empreendedoras".
No encontro, o presidente também disse ter conversado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e ficou acertado que haverá uma proposta legislativa para prever a taxação de lucros e dividendos para quem ganha mais de 400 mil reais como forma de manter o Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023.
O incremento do valor do programa, aprovado pelo Congresso na chamada PEC dos Benefícios, está previsto para vigorar até o final do ano e, se não houver uma mudança, voltaria a ser de R$ 400 em 2023.
O candidato à reeleição, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto no segundo turno do pleito, voltou a dizer que, apesar de críticas que chegou a receber e pressão por mudanças, ter mantido o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu certo e destacou o que avalia como uma melhora no cenário econômico do país.
O presidente afirmou que o seu ministério vai continuar, se reeleito, mas talvez criará mais uma ou duas novas pastas.