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Covid-19: quarta dose aumenta em 71% eficácia contra mortes entre idosos, mostra novo estudo

Uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 para idosos acima de 80 anos eleva a proteção contra mortes em 71%, mostra um novo estudo publicado na revista científica The Lancet Regional Health. Conduzida por pesquisadores da Universidade de Umeå, na Suécia, a análise mostrou que o segundo reforço – aplicado a partir de janeiro deste ano, durante prevalência da variante Ômicron – aumentou a eficácia contra óbitos por pelo menos cinco meses, em comparação com o grupo de apenas três doses. 

 

Os responsáveis pelo estudo avaliaram dados de 394.104 idosos da faixa etária, metade tendo recebido apenas o primeiro reforço e a outra metade completado quatro doses das vacinas. A maior proteção constatada no segundo grupo apresentou uma queda após os dois primeiros meses, mas permaneceu alta: 54% superior à conferida pelas três doses. A eficácia foi observada até pelo menos 143 dias da aplicação, ou seja, quase cinco meses. No país, foram utilizados imunizantes com a tecnologia de RNA mensageiro (RNAm), desenvolvidos pela Pfizer/BioNTech e pela Moderna.

 

Além da população geral dos mais idosos, os pesquisadores avaliaram o impacto da quarta dose especificamente em 24.524 em residentes de instituições de longa permanência (ILPI). Em média, esse público tinha 86 anos, porém a maioria diagnosticada com problemas de saúde subjacentes. Nesse público, embora menor, também foi observado um aumento na proteção contra os óbitos pela Covid-19.

 

Durante os dois primeiros meses, constatou-se uma eficácia 39% superior em comparação ao esquema de três doses entre os residentes de ILPIs. Depois desse período, a proteção também caiu, para 27%, mas se manteve por pelo menos 126 dias após a aplicação, cerca de quatro meses.

 

No público geral acima de 80 anos, os pesquisadores destacaram ainda que um intervalo de mais de quatro meses entre a terceira e a quarta dose conferiu uma mudança maior na eficácia, de 79%. Eles sugerem que isso acontece porque a proteção conferida pelas três doses também cai nos meses subsequentes da aplicação, e estaria mais baixa após os quatro meses, por isso a variação mais acentuada com o segundo reforço. Para eles, o fato indica benefícios de intervalos mais curtos entre as doses.

 

 engatinha em clínicas particulares do Brasil

 

“Em comparação com uma terceira dose, uma quarta dose de uma vacina de RNAm para a Covid-19, administrada durante a era da (variante) Ômicron, foi associada à redução do risco de morte por todas as causas em residentes de ILPIs e em idosos durante os primeiros dois meses, após os quais a proteção tornou-se ligeiramente inferior. Esses achados sugerem que uma quarta dose pode prevenir a mortalidade prematura nos mais velhos e frágeis, mesmo após o surgimento da variante Ômicron, embora o momento da vacinação pareça ser importante em relação ao leve declínio observado após dois meses”, escreveram os pesquisadores da Universidade de Umeå no estudo.

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a aplicação da quarta dose da vacina contra a Covid-19 para todos os adultos acima de 40 anos, além de trabalhadores de área da saúde e imunossuprimidos a partir de 18 anos. A orientação é que o segundo reforço seja feito com as vacinas da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen, quatro meses após a aplicação da terceira dose. O GLOBO

 

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