Secretário Executivo da Saúde diz que não há doses atrasadas
BRASÍLIA— O secretário executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, afirmou nesta sexta-feira que, atualmente, há 3,5 milhões de doses no depósito da pasta em Guarulhos, das quais 2,3 aguardam liberação e as demais já podem ser distribuídas. Segundo ele, não há vacinas atrasadas no país. Ao longo da semana, regiões do país reclamaram da demora no envio das doses. Na última quinta-feira, cerca de 6,9 milhões de imunizantes estavam no estoque da pasta.
Como o GLOBO mostrou, a demora no envio de documentações por parte do Ministério da Saúde à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem atrasado o processo de liberação das vacinas. Entre esses dados, o principal é o monitoramento de temperatura da carga durante o transporte.
— Quando as vacinas são importadas e chegam, a gente precisa de algumas informações para que consigamos as liberações junto aos órgãos reguladores. Em alguns casos, algumas dessas informações estão demorando um pouco a chegar. Tivemos num caso extremo essas informações demorarem até sete dias, a regra é que chegue entre 24 e 48 horas — afirmou Cruz, citando o monitoramento de temperatura.
De acordo com ele, a pasta tem conversado diariamente com a Pfizer, produtora das vacinas que estão passando pelo trâmite de importação, para acelerar o processo. Na última quinta-feira, O GLOBO questionou a Pfizer sobre a demora na transmissão de informações sobre temperatura e a empresa informou que na ocasião apenas duas caixas, com 11.700 doses, estavam aguardando “o relatório de qualidade por parte da Pfizer por mais de 48 horas”.
— Queria reforçar a mensagem de que não existe dose parada no centro de distribuição — disse Cruz.
Ele afirmou ainda que o ministério disponibilizará na internet os dados sobre o fluxo de vacinas no depósito da pasta. O GLOBO