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Governo deve distribuir aos trabalhadores R$ 5,9 bi do lucro do FGTS

Geralda Doca /  O GLOBO

 

BRASÍLIA — O Conselho Curador do FGTS deverá distribuir aos trabalhadores R$ 5,9 bilhões do lucro auferido em 2020, que foi de R$ 8,5 bilhões.

Os recursos serão destinados aos cotistas que tinham saldo nas contas em 31 de dezembro. O dinheiro será distribuído de forma proporcional ao saldo do trabalhador.

O valor representa 70% do resultado e será oficializado pelo colegiado em julho. A ideia é repor, pelo menos, a inflação medida pelo IPCA em 2020, que foi de 4,52%, disse um conselheiro.

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A Caixa Econômica Federal fará o crédito nas contas do FGTS  em agosto.

Saque só sob as condições normais do fundo

O dinheiro incorpora o saldo e só poderá ser retirado nas condições normais de saque, como demissões sem justa causa, compra da casa própria, aposentadoria, saque-aniversário e doenças graves.

As contas do FGTS relativas a 2020 foram aprovadas nesta terça-feira pelo Conselho Curador e deverão ser divulgadas em detalhes até esta quarta-feira, conforme recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). 

A  remuneração das contas do FGTS é de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), atualmente zerada. Um dos objetivos da distribuição de parte do lucro é melhorar a rentabilidade para os trabalhadores.

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Com a decisão de distribuir parte do lucro, além da TR, o ganho deve superar a inflação. No ano passado, o FGTS distribuiu entre os cotistas R$ 7,5 bilhões, cerca de 66% do lucro apresentado em 2019, que foi de R$ 11,3 bilhões.

Em 2020, o FGTS teve receitas de R$ 33,4 bilhões e despesas de R$ 25 bilhões, com lucro líquido de 8,467 bilhões. O ativo consolidado atingiu R$ 570,3 bilhões e patrimônio líquido, R$ 113,1 bilhões.

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Para amenizar os efeitos da Covid-19 no ano passado, o governo recorreu ao FGTS em várias frentes.

Autorizou o saque emergencial das contas vinculadas, o que injetou na economia R$ 24,2 bilhões e beneficiou 31,7 milhões de trabalhadores; suspendeu o recolhimento do FGTS por três meses para 800 mil empregadores e autorizou pausa no pagamento das prestações do crédito habitacional para 1,4 milhão de mutuários. 

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