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Bolsonaro faz segunda troca na Secom e coloca militar na vaga

Marcelo de Moraes, O Estado de S.Paulo

25 de fevereiro de 2021 | 16h33

BRASÍLIA – O governo deve alterar o comando da Secretaria de Comunicação, substituindo Fábio Wajngarten pelo almirante Flávio Rocha, que hoje comanda a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Rocha deve acumular as duas funções. A mudança, que pode ser confirmada nas próximas horas pelo governo, deve colocar um fim aos desentendimentos dentro da área de comunicação do governo, especialmente entre Wajngarten e o ministro das Comunicações, Fábio Faria

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O almirante Flavio Augusto Rocha, que chefia a Secretaria de Assuntos Estratégicos no Planalto Foto: AMNA WAQUED/FIESP

Havia também muita queixa interna no governo em relação à comunicação na questão da pandemia do coronavírus. O Palácio do Planalto considera que tem acumulado seguidos desgastes nessa área por não conseguir mostrar o que está fazendo no setor.

 

Caso cofirmada, Rocha será o terceiro nome a comandar a área de comunicação do governo. O primeiro chefe da Secom foi o publicitário Floriano Amorim, substituído por Wajngarten em abril de 2019.

Mesmo fora da secretaria, Wajngarten não deve deixar o entorno do presidente Jair Bolsonaro, que gosta pessoalmente do empresário. Ele é visto pelo presidente como um aliado fiel e uma pessoa inteligente, que pode seguir ajudando numa assessoria especial.

Com um perfil oposto, o almirante Flávio Rocha é chamado dentro do governo de “bom de jogo” e “habilidoso”. Considerado um militar conciliador e de diálogo, Rocha ampliou sua proximidade com Fábio Faria nos últimos tempos. 

A Secom é órgão do governo responsável pela comunicação institucional, que responde pelos contratos de publicidade e define as estratégias de onde será aplicado os recursos públicos destinados a promover a imagem da gestão Bolsonaro. É a secretaria, ainda, que coordena as assessorias de imprensa dos ministérios, empresas públicas e demais entidades ligadas ao Executivo. Em 2020, o orçamento da Secom era de R$ 73 milhões, mas foi engordado ao longo do ano por causa da pandemia. Apenas um contrato firmado com uma agência de publicidade no ano passado custou cerca de R$ 5 milhões.

Fabio Wajngarten
O então secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, em outubro de 2020 Foto: Marcos Corrêa/PR

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