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Manifestantes fazem atos contra o impeachment pelo Brasil

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Manifestação em Brasília a favor do governo da Presidente Dilma Rousseff - André Coelho / Agência O Globo

BRASÍLIA, RIO E SÃO PAULO — Manifestantes elegeram o PMDB e o vice-presidente, Michel Temer, como alvos durante protestos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira. Os atos foram promovidos em todos os estados e no Distrito Federal. Também houve protestos no exterior. Grupos contrários ao afastamento da presidente se reuniram em Lisboa e Berlim.

 

No Rio, onde os manifestantes ocuparam o Largo da Carioca, no Centro, grupos de apoio a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, militantes do PT e de partidos aliados lembraram o aniversário do golpe militar de 1964 e cantaram para Temer a música “Vou Festejar”, da sambista Beth Carvalho: “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”, numa referência também ao PMDB. E arremataram: “Já vai tarde”. O ato no Rio teve a participação do compositor Chico Buarque. No Recife, faixas trouxeram a frase “Amém, PMDB está Fora!”, numa referência ao desembarque da legenda do governo.



Segundo a Polícia Militar, as manifestações reuniram 159 mil pessoas, número menor que o dos atos pró-Dilma promovidos no último dia 18, quando o total chegou a 275 mil manifestantes. O número não leva em conta o Rio, onde a PM não divulga dados sobre tamanho de protestos.

Para os organizadores, os protestos levaram às ruas 824 mil pessoas (também sem o Rio); no dia 18, reuniram 1,3 milhão. Já no dia 13 de março, atos contra a presidente reuniram 3,6 milhões de manifestantes, nos cálculos da PM, e 6,9 milhões, nas contas dos organizadores.

No Rio de Janeiro, cerca de 50 mil manifestantes se reuniram no Largo da Carioca, no Centro, segundo os organizadores.

Em São Paulo, milhares de representantes de dezenas de entidades e movimentos sociais realizaram na Praça da Sé mais um ato contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Estiveram presentes no ato integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da juventude de partidos como PT e PSOL. Também há pessoas sem vinculação com partidos ou entidades.

Manifestação em Brasília a favor do governo da Presidente Dilma Rousseff - André Coelho / Agência O Globo

Em Brasília, manifestantes se concentraram em torno do estádio Mané Garrincha e saíram em marcha em defesa da presidente Dilma. Militantes discursam contra o "golpe", referindo-se ao processo de impeachment em curso na Câmara, enquanto ressaltam a importância de programas sociais, como o Pronatec e o Minha Casa, Minha Vida. O público foi estimado em cerca de 50 mil pessoas.

O ato em Porto Alegre, na tradicional Esquina Democrática, no Centro da cidade, reuniu cerca de 35 mil pessoas segundo os organizadores — oito mil segundo a Brigada Militar.

A manifestação em Belo Horizonte começou por volta das 18h, na Praça da Estação, no Centro. Não houve estimativa do número de pessoas participando do ato.

Em Maceió, dezenas de pessoas se concentraram na Praça Monte Pio, no centro da cidade. Não foi divulgada uma estimativa do número de participantes. No município de Araci, na Bahia, cerca de 500 pessoas, segundo os organizadores, se reuniram na Praça da Conceição no final de manhã, com gritos ‘contra o golpe’. Segundo cálculos da PM, o número de participantes era de 40 a 50.

Em Fortaleza, as pessoas, muitas usando vermelho e com faixas pedindo democracia, se concentraram na Praça da Bandeira, no centro, e caminharam até o entorno do Dragão do Mar. Segundo a organização, eram 50 mil manifestantes — a Secretaria de Segurança não divulgou sua estimativa.



No Maranhão, o ato em São Luís começou por volta das 16h na Praça João Lisboa. Cerca de 600 manifestantes, segundo os organizadores, saíram em passeata pelas ruas do Centro. Também foram realizadas manifestações nas cidades de Balsas, Caxias, Imperatriz e São João dos Patos.

A Paraíba teve manifestações em três cidades. Na capital João Pessoa, manifestantes se concentram em quatro pontos diferentes. Em Cajazeiras, cerca de 1.200 pessoas segundo os organizadores, 500 segundo a PM, se concentraram no começo da manhã em frente à Câmara de Vereadores, pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e defendendo Dilma e o ex-presidente Lula. O ato acabou por volta das 15h. Em Campina Grande, cerca de 10 mil manifestantes participaram do ato segundo a organização — 3,5 mil de acordo com a PM.



A cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, teve manifestação em frente ao Bosque Guarani. Não há ainda uma estimativa do número de participantes. No Piauí, os manifestantes se concentraram na Avenida Frei Serafim, em Teresina.

Em Recife, a Frente Brasil Popular, que reúne partidos como PT e PCdoB e entidades como MST, UNE e CUT, organizou o evento chamado ‘Ato em defesa da democracia e dos direitos sociais’, na Praça do Derby. Segundo os organizadores, 40 mil pessoas estão participando - a PM ainda não divulgou uma estimativa. Pernambuco teve ainda atos em Garanhuns e Floresta. Em Garanhuns, onde Lula nasceu, cerca de duas mil pessoas, segundo os organizadores, mil segundo a PM, realizaram uma manifestação a favor do governo de Dilma e em defesa da posse do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil. Já em Floresta, manifestantes se reuniram em frente ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais e saíram em caminhada pelas ruas da cidade. Os organizadores estimaram a presença de cerca de 1,5 mil pessoas, enquanto a PM calculou cerca de 200 pessoas.

Em Rio Grande do Norte, cerca de 25 mil manifestantes, segundo os organizadores, se concentraram em frente ao shopping Midway Mall, em Natal. A PM não divulgou sua estimativa. A cidade de Pau dos Ferros teve pela manhã uma manifestação com cerca de 1,5 mil pessoas, segundo os organizadores. A PM estimou o número de participantes em 300.

Em Sergipe, manifestantes se reuniram na Praça General Valadão, no centro de Aracaju, protestando em defesa da democracia. O ato foi convocado pela Frente Brasil Popular.

Manifestantes se concentram no Largo da Carioca, no Centro do Rio de Janeiro - Daniel Marenco / Agência O Globo




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