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Após desembarque, Temer deseja ser ‘discreto’

Consumado o rompimento do PMDB com o governo, o vice-presidente Michel Temer deseja guiar o seu comportamento nas próxima semanas pela máxima segundo a qual as grandes articulações políticas são mudas. Festejado na convenção nacional do seu partido com gritos de “Temer presidente”, o substituto constitucional de Dilma Rousseff planeja ser tão discreto quanto o outro lado da lua.

Temer combinou com seus aliados que não irá procurar lideranças de outros partidos. Nos limites de sua atuação institucional, apenas receberá aqueles que o procurarem, como fez com Aécio Neves, na semana passada.

Nesta segunda-feira, véspera do desembarque do PMDB, ele recebeu as visitas dos presidentes do PSB, Carlos Siqueira, e do PRB, Marcos Pereira. Ambos foram informar que suas legendas fecharam com o impeachment. Nas palavras de um de seus aliados, “Temer não tem como passar um cadeado no portão do Palácio do Jaburu.''

A principal preocupação de Temer é a de não passar a ideia de que está colocando o carro na frente dos bois, como se diz. O argumento vale para as articulações sobre a composição de um hipotético futuro governo. JOSIAS DE SOUZA

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