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Terça-feira, 22 de março, o dia em que bateu o desespero no governo Dilma

Após mais um encontro com juristas que apoiam o governo, a presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (22), em discurso no Palácio do Planalto, que não renunciará ao mandato. “Não cometi nenhum crime previsto na Constituição e nas leis para justificar a interrupção de meu mandato. Neste caso, não cabem meias palavras: o que está em curso é um golpe contra a democracia. Eu jamais renunciarei”, disse Dilma. “E eu posso assegurar a vocês que eu não compactuarei com isso. Por isso, não renuncio em hipótese alguma.” Dilma recorreu sem meias palavras ao aviso devido à aceleração de fatos negativos para seu governo.

A presidente Dilma Rousseff discursa durante encontro com juristas contrários ao impeachment (Foto: AP Photo/Eraldo Peres)

Entre a noite de segunda-feira (21) e esta terça-feira (22), dois ministros do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux e Rosa Weber, negaram recursos do governo. Fux negou pedido para liberar a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil. Rosa negou um habeas corpus pedido pela defesa de Lula para que o caso dele seja examinado pelo Supremo - algo possível apenas se ele fosse ministro. Lula segue, portanto, impossibilitado de virar ministro, uma tentativa de Dilma de estabilizar seu governo; e segue sujeito às decisões do juiz Sérgio Moro. A Operação Lava Jato está na rua em sua 26ª fase, focada mais uma vez na empreiteiraOdebrecht e em pagamentos de propina.

Acompanhe abaixo as principais notícias publicadas em mais um dia de crise para o governo Dilma:

15h31 – Um dos principais aliados de Lula no Congresso Nacional, o senador Lindbergh Farias propôs, na reunião da bancada do PT no Senado, que Lula assuma no Palácio do Planalto, mesmo sem foro privilegiado. Leia na coluna Expresso.

15h30 – A Justiça de Portugal decidiu manter na prisão o operador Raul Schmidt, preso na segunda-feira na 25ª fase da Ooperação Lava Jato. Raul ficará na cadeia até ser tomada uma deicsão sobre sua extradição para o Brasil. Ele é suspeito de pagar propina por contratos fechados com a Petrobras.

13h40 – PF investiga propina da Odebrecht por Linha 4 do Metrô do Rio. Contabilidade paralela de construtora aponta desembolso de pelo menos R$ 500 mil por expansão da malha metroviária. Saiba mais na reportagem de Daniel Haidar.

13h37 – Operação Xepa flagra conversa desinibida sobre acarajé. Quer dizer, dinheiro. Saiba o conteúdo da conversa. Na coluna Expresso.

10h50 - Lava Jato: sócio de ex-assessor de Dilma suspeito de receber propina. Douglas Franzoni foi levado pela PF para prestar depoimento. Ele tem um bar com Anderson Dornelles, assessor pessoal de Dilma por mais de 20 anos. ÉPOCA

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