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Witzel apoia intenção de Bolsonaro de vetar reajuste a servidores: 'não temos caixa'

RIO - O governador Wilson Witzel afirmou que a maioria dos governadores apoia a intenção de Jair Bolsonaro de vetar o reajuste a servidores públicos até o fim de 2021, no projeto de socorro a estados e municípios, o trecho que autoriza reajustes para servidores públicos. O presidente conversou sobre o veto durante uma videoconferência com governadores realizada nesta quinta-feira, durante a qual afirmou que irá sancionar a lei o mais breve possível.

 

Em entrevista à "CNN Brasil", Witzel afirmou que o apoio ao veto do reajuste dos servidores foi um consenso entre os governadores.

- Chegamos ao consenso de que se o presidente viesse a tomar a decisão de vetar o aumento a servidores públicos, uma decisão que cabe única e exclusivamente a ele, nossa opinião foi de que, cada estado fazendo a sua avaliação, havia uma maioria entendendo que realmente não é o momento de darmos reajustes para os servidores públicos porque não temos disponibilidade de caixa - afirmou Witzel à CNN Brasil.

Coronavírus:Bolsonaro obtém apoio de governadores para impedir reajuste salarial de servidores até 2021

Witzel também admitiu, durante a entrevista, o risco de não honrar com a folha de pagamento dos servidores do estado em agosto.

- Risco, sempre há. Não podemos dizer que a situação não requer cuidados - disse o governador, antes de lembrar a situação de déficit financeiro em que recebeu o estado e concluir: - Tivemos condições condições de pagar aos servidores (os meses de) abril e maio. Não haverá problema para pagara junho e julho. Talvez para agosto possamos ter algum tipo de problema.

Ao falar sobre o fim das medidas de isolamento, o governador estimou que a economia do estado só vai retomar plenamente suas atividades em agosto.

- Com a análise da curva e as conversas que eu tenho tido com especialistas e os secretários, acredito que possamos em agosto já estar retomando plenamente a atividade econômica no estado do Rio - disse.

De acordo com Witzel, o hospital de campanha do Maracanã ficará pronto neste domingo e os hospitais de campanha de São Gonçalo e Nova Iguaçu serão concluídos no domingo da próxima semana.

O governador afirmou ainda que, apesar de não ter usado o termo inicialmente, o estado está em lockdown desde o dia 13 de março. 

- Poucas pessoas estão debatendo o conceito de lockdown, mas nós decretamo o lockdown no Rio no dia 13 de março. Os transportes foram reduzidos a pouco mais de 30% da capacidade, fizemos várias barreiras sanitárias e dissemos quais eram as atividades essenciais. As escolas tiveram suas aulas suspensas e cada prefeito está dialogando comigo para que o lockdown em cada município seja observado na sua maior ou menor extensão - disse.

Questionado sobre uma possível investigação envolvendo seu nome no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Witzel afirmou que desconhece qualquer investigação.

- Já estou oficiando o STJ desde a semana passada para que me informe se há algum tipo de inquérito em que tenha sido mencionado meu nome, para que eu possa colaborar e esclarecer qualquer ponto que seja necessário. A informação que eu tenho hoje é de que não há nenhuma investigação sobre mim. Estou absolutamente tranquilo - afirmou durante a entrevista da CNN.

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