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Ato reúne 100 mil na Esplanada, diz PM; organização fala em 200 mil

A Polícia Militar estimou em 100 mil o número de participantes na manifestação, o que faz do ato o maior já realizado em Brasília em protesto contra o governo da preidente Dilma Rousseff e o PT. Para os organizadores, havia 200 mil. A previsão anterior da PM era de que havia 50 mil pessoas na Esplanada, mas o número foi revisto depois que os manifestantes se juntaram para a marcha. A PM destacou mais de 2 mil policiais para atuar na segurança. Todos os manifestantes que saíam com mochilas ou bolsas da estação Central do Metrô, a cerca de 500 metros do local de concentração do ato, eram revistados. De acordo com a corporação, não foi registrado nenhum incidente grave durante a manifestação.

A concentração para o ato estava marcada para ter início às 10h, em frente ao Museu da República, no início da Esplanada, mas muitos manifestantes chegaram até duas horas antes do horário previsto, com faixas, cartazes e camisetas contra o governo.

Além das críticas à presidente Dilma, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a condenados no mensalão e no escândalo de desvios na Petrobras, aos presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), os manifestantes faziam referências de apoio ao juiz Sério Moro, que está à frente da operação Lava Jato.

Manifestantes exibem faixa de apoio ao juiz federal Sérgio Moro no protesto de Brasília (Foto: Matheus Rodrigues / G1)Manifestantes exibem faixa de apoio ao juiz federal Sérgio Moro (Foto: Mateus Rodrigues/G1)

O ato foi convocado pela web e se repete em cidades de todos os estados e no DF. Em Brasília, uma manifestação a favor da presidente chegou a ser marcada, mas foi oficialmente suspensadepois de o PT ser notificado pelo governo por não ter feito o aviso previamente.

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Queremos protestar contra a corrupção e a inflação. Está demais, não estamos aguentando. Corrupção se transformou em um crime banal. Todo mundo mete a mão. Acho que as classes D e C poderiam estar bem melhor se não fosse a corrupção"
http://s.glbimg.com/jo/g1/static/live/materia/img/dash.gif") 0px 7px no-repeat;">Rafael Pinzon, manifestante

Por causa do protesto, o acesso à Esplanada dos Ministérios foi bloqueado desde a meia-noite. O trânsito ficou fechado nos dois sentidos desde a alça oeste da Rodoviária do Plano Piloto até o balão próximo ao quartel do Corpo dos Bombeiros, chegando à L4 Sul. Também houve interdição dos eixos Norte e Sul – e a suspensão do Eixão do Lazer. A alternativa para motoristas é circular pelas vias que ficam atrás dos ministérios.

Policiais militares usaram detectores de metais nos acessos à Esplanada e em trecho do trajeto da marcha para verificar se os manifestantes não portavam itens proibidos. Na lista constam vidro cortantes, fogos de artifício, hastes para bandeiras e máscaras.

O servidor da Câmara Rosano Garbin levou à manifestação uma faixa em apoio à Lava Jato que, segundo ele, é uma das ferramentas que contribuem para estimular a população a se posicionar contra a corrupção. Para ele, a saída para a crise política é Temer assumir a Presidência, pois passa "mais credibilidade" ao setor privado a ao Congresso.

A empresária Clarisse Lessa, de 75 anos, carrega faixa com frases contra Dilma, Lula e o PT (Foto: Mateus Rodrigues/G1)A empresária Clarisse Lessa, de 75 anos, carrega faixa com frases contra Dilma, Lula e o PT (Foto: Mateus Rodrigues/G1)

O casal Rafael e Socorro Pinzon foi para o ato com uma bandeira do Brasil para a plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto. Do lugar era possível ver toda a mobilização dos grupos que pedem o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Queremos protestar contra a corrupção e a inflação. Está demais, não estamos aguentando", disse o aposentado. "Corrupção se transformou em um crime banal. Todo mundo mete a mão. Acho que as classes D e C poderiam estar bem melhor se não fosse a corrupção."

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A empresária Clarisse Lessa, de 75 anos, carregava uma faixa com frases contra Dilma, Lula e PT. Ela disse acreditar no impeachment como forma de "fazer o país voltar a caminhar". "Tenho uma microempresa e, por dia, a gente recebe cinco currículos de gente desempregada, desesperada pra trabalhar. Esse país virou um absurdo", afirmou.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, os atos contra Dilma foram marcados pelos movimentos "Vem Pra Rua", "Brasil Livre", "Brasil Futuro", "Ocupa Brasília" e "Limpa Brasil" entre 3 de dezembro e 1º de março. O último protesto com pedido de impeachment da presidenteaconteceu em 13 de dezembro.

Manifestantes em frente ao Congresso Nacional em ato contra o governo Dilma Rousseff neste domingo (13), em Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)Manifestantes em frente ao Congresso Nacional em ato contra o governo Dilma Rousseff neste domingo (13), em Brasília (Foto: Raquel Morais/G1)

Também marcado pela web, o movimento terminou com a queima de um caixão que simbolizava o governo petista. A mobilização durou três horas e reuniu 6 mil pessoas, de acordo com a PM, e 30 mil, segundo a organização.

* (Colaboraram Lucas Nanini, do G1 DF, e Filipe Matoso e Gustavo Garcia, do G1, em Brasília)

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