Tela em branco Integrantes da equipe econômica sugeriram incluir na reforma administrativa um dispositivo que proíba servidores públicos de terem filiação político-partidária. A vedação foi alvo de debates, na terça-feira (8), em reunião no Ministério da Economia. Segundo membros da pasta, Paulo Guedes e Jair Bolsonaro ainda não validaram a ideia e há, entre assessores do próprio governo, dúvidas sobre a legalidade da medida. A viabilidade jurídica da proposta está sob avaliação.
Daqui para frente Em entrevistas, o secretário de Desburocratização, Paulo Uebel, tem dito que as novas normas só valerão para novos concursados.
Climão Bolsonaro deixou o convescote logo após o governador do Rio, Wilson Witzel, aparecer. Os dois falaram rapidamente. Depois, o presidente se despediu. Há uma troca de farpas entre o clã palaciano e Witzel, que flerta com candidatura ao Planalto em 2022.
Farinha pouca A chamada PEC da Reparação deu largada a uma guerra de memes entre as bancadas do Rio e do DF na Câmara. O texto propõe que Brasília divida com os fluminenses recursos do fundo constitucional que banca despesas de segurança, saúde e educação da capital federal.
Golpe baixo Nesta semana brotaram mensagens no WhatsApp de parlamentares do Rio com apelos para que Bolsonaro apoie a repartição da verba. Entre os argumentos está o de que o atual secretário de Finanças do DF, Aldemário Araújo, já foi candidato pelo PSOL e teria chamado o presidente de “analfabeto”.
Caça-fantasmas Publicado na terça (8), o relatório final da CPI do BNDES, do deputado Altineu Côrtes (PL-RJ), recomenda o indiciamento do falecido ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho, que atuou no governo Dilma.
Caça-fantasmas 2 Segundo o texto, ele teria participado de decisões que permitiram à Odebrecht e outras construtoras tomarem dinheiro emprestado para tocar obras na África e em países latino-americanos simpáticos ao PT.
Livro aberto Aliados dizem que Jair Bolsonaro foi avisado de que há indícios de irregularidades no manejo do fundo partidário do PSL, daí a decisão de se distanciar da sigla. Seu grupo deve exigir auditoria nas contas do partido, a partir de 2014. O presidente só se filiou em 2018.
Bala perdida Há troca de acusações. Aliados de Luciano Bivar (PE), que comanda a legenda, dizem não ter problemas com uma auditoria e ainda alfinetam o Planalto, afirmando que o principal gasto deste ano foi com a advogada Karina Kufa, que deixou de defender a sigla e agora representa apenas Bolsonaro.
Bala perdida 2 Já entre pessoas próximas ao governo, o alvo é Antonio Rueda, vice-presidente do PSL. Ele concentra os ataques e as desconfianças de parlamentares alinhados a Bolsonaro.
Um na mão Mesmo com perdas, governadores do Nordeste estão resignados com a nova divisão dos recursos do megaleilão de petróleo da cessão onerosa, diz o senador Cid Gomes (PDT-CE). Tudo para superar o impasse que poderia impedi-los de receber parte dos R$ 10,5 bi. “Se o governador do meu estado aceitou, então estou satisfeito.”
Dois voando Cid fez ataques ao líder do PP Arthur Lira (PP-AL) para impedir mudanças no formato que ele havia proposto para a divisão da verba.