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Em aceno à bancada evangélica, governo reduz normas para prestação de contas de igrejas

Renata Agostini, O Estado de S.Paulo

10 de julho de 2019 | 00h08

Bolsonaro na Marcha para Jesus
 
Jair Bolsonaro discursa na Marcha para Jesus, em São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão

BRASÍLIA - O governo reduziu em maio as normas para a prestação de contas de igrejas em um aceno à bancada evangélica, que pode ampliar o apoio à reforma da Previdência. Lideranças da bancada evangélica solicitaram ao presidente Jair Bolsonaro mudanças nas exigências tributárias para igrejas e instituições filantrópicas. 

Segundo o deputado Sostenes Cavalcante (DEM-RJ), o presidente Jair Bolsonaro determinou que as solicitações fossem atendidas em até dois meses. Os pleitos foram encaminhados no dia 14 de maio. 

Entre os pedidos, está a redução das exigências da Receita Federal para declaração de movimentações financeiras de igrejas menores. Os deputados argumentam que essas exigências não existiam anteriormente e são “discriminatórias”. 

Até agora, só um pedido foi atendido: o de isentar essas instituições de registo no CNPJ. Cavalcante afirma, porém, que as negociações não têm relação direta com a reforma da Previdência e que o governo está, inclusive, demorando mais do que o previsto para endereçar a questão.

Ele explica que a bancada evangélica deseja ainda formular um projeto de lei para anistiar igrejas que, por conta dessas exigências da Receita, passaram a acumular muitas multas. Esse projeto está em negociação com o governo e poderia ser incluído no texto da reforma tributária.

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