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Primeira-dama ensaia aproximação de governo com entidades sociais

De forma sutil, a primeira-dama Michelle Bolsonaro começa a desempenhar o papel de aproximar o governo do marido, Jair Bolsonaro, a entidades sociais. A fase é de testes. Na semana passada, ela esteve em quatro eventos para promover ações de organizações que cuidam de pessoas com doenças raras e deficiências. Mas evitou acionar a máquina de publicidade do Planalto.

A equipe de cerimonial do palácio não fez até agora objeções à postura e aos movimentos da mulher do presidente. Michelle não viajou com Bolsonaro a Washington. Ela estará, no entanto, na comitiva do presidente a Santiago, no Chile no fim da semana.

Um dos próximos desafios da primeira-dama será um leilão de dez vestidos, dois deles costurados pela estilista Marie Lafayette, que custam pelo menos 4 mil reais. O pregão vai incluir o branco fluído com detalhes em renda e cristais usado no casamento com Bolsonaro em 2013 e o rosé acetinado da posse.

Foi depois de o presidente receber a faixa no parlatório do palácio que a primeira-dama fez um discurso em Libras, a Língua Brasileira de Sinais. A iniciativa arrancou aplausos da multidão na Praça dos Três Poderes e empolgou aliados do governo, preocupados com a imagem “machista” do presidente.

Ela sinalizou que não pretende entrar na disputa por cadeiras, mesas e cargos no palácio. Por enquanto, apenas ajudantes de ordem, entre eles, uma capitã do Exército, acompanham a primeira-dama em deslocamentos pela capital federal.

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