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Má aplicação do regime semiaberto é gargalo do sistema prisional, diz Reale Jr. a Moro

Sonia Racy/ O ESTADO DE SP

07 Fevereiro 2019 | 16h11

 
SÉRGIO MORO EM EVENTO DO IASP. FOTO: FELIPE RAU/ESTADÃO

SÉRGIO MORO EM EVENTO DO IASP. FOTO: FELIPE RAU/ESTADÃO

 

Em reunião a portas fechadas com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, o advogado Miguel Reale Jr. afirmou que vê a má aplicação do regime semiaberto de prisão como o gargalo do sistema prisional, já que há poucos presídios semiabertos no País – como os agrícolas e os agroindustriais. Os dois conversaram durante o encontro do ministro com advogados do Instituto dos Advogados de São Paulo e da Associação de Advogados de São Paulo, terminado neste início de tarde na área central da Capital.

Participaram da reunião os advogados Renato Silveira, presidente do IASP, José Horácio Ribeiro, ex-presidente do IASP, mais Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Rui Fragoso, Renato Cury, Miguel Reale Jr. e Hélio Coelho.

 
 

Um dos temas do encontro foi o pacote anticrime proposto pelo ministro. Moro se comprometeu a receber o IASP e a AASP para ouvir críticas ao projeto, segundo apurou a coluna. Na conversa foi mencionado o fato de o ministro ter incluído no texto do projeto menções a facções criminosas, assunto que desperta polêmicas entre advogados.

A reunião foi realizada antes do almoço do IASP em que Moro era o palestrante convidado.

Após a refeição, Miguel Reale Jr. não escondeu que é crítico da proposta. “O ministro parece estar muito convencido de partes do projeto que são frágeis”, afirmou à coluna. Como exemplo, falou da expectativa de Moro de que alguns itens que endurecem penas poderiam reduzir a criminalidade.

Para Reale Jr., as medidas não surtirão esse efeito. “A criminalidade recorre da inoperância policial. Só entre 1 e 2% dos roubos têm a autoria descoberta. No latrocínio o índice é pouco melhor”, argumentou.

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