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No Jornal Nacional, Marina se compara a Itamar Franco e diz que fará um ‘governo de transição’

Marianna Holanda, O Estado de S.Paulo

30 Agosto 2018 | 21h41

 

A candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse, nesta quinta-feira, 30, que fará um “governo de transição”, assim como o ex-presidente Itamar Franco (MDB). Em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, defendeu que “liderar não é ter todo mundo embaixo do mesmo guarda-chuva” e repetiu que governará com os melhores.

“Eu vou fazer um governo de transição. Durante quatro anos, eu vou governar este País para que a gente possa combater a corrupção, fazer ele crescer e ser um País justo para todas as pessoas”, afirmou. A ex-ministra defende uma reforma política com o fim da reeleição e mandatos de 5 anos para presidentes. 

Marina Silva
A candidata Marina Silva durante entrevista no Jornal Nacional Foto: TV GLOBO

Itamar Franco assumiu o País em 1992, após a renúncia do então presidente Fernando Collor em meio a um processo de impeachment. Durante sua gestão, fez um plebiscito sobre a forma de governo do País, quando então prevaleceu a república presidencialista.

“Liderar não é ter todo mundo embaixo do mesmo guarda-chuva. Ninguém nunca experimentou isso. Aliás, um experimentou: Itamar Franco”, disse. O ex-presidente emedebista, segundo Marina, assumiu “numa situação parecida com esta”, por não ter base e conseguir juntar pessoas de diferentes partidos para uma transição. A ex-ministra do Meio Ambiente tem apenas o partido de seu vice, Eduardo Jorge (PV), na coligação.

Marina foi a quarta entrevistada pelo Jornal Nacional da TV Globo, que já recebeu Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB).

A bancada de entrevistados lembrou que o partido da candidata, a Rede, criado em 2015, já teve mais de uma debandada e questionou se ela teria capacidade de liderança. “Liderar não é ser dono do partido, Bonner. Liderar é ser capaz de dialogar com diferentes”, disse a candidata, repetindo que governará com os melhores. 

O apresentador do programa questionou a liderança da candidata, ao lembrar que parlamentares do partido votaram contrariamente ao impeachment em 2016, apesar de a Rede se posicionar favoravelmente.

‘Não quero um País de exceção’

Ao final do programa, a ex-senadora teve um minuto, como os demais candidatos. Ela defendeu que muitas pessoas a admiram como uma exceção, mas disse que não quer um País assim.

“Muitas vezes, as pessoas me admiram como ser uma exceção. Não quero um País de exceção, quero um País de regras”, afirmou Marina. “Sei que muita gente acha que uma pessoa com minha origem não tem capacidade pra ser presidente. Estou aqui trazendo mais que um discurso eu trago uma trajetória, compromisso de construir um País que seja justo e bom para todos: para empresários, para trabalhadores, para classe média, jovens, mulheres”. 

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