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Fim das coligações proporcionais

Quase todos os 33 partidos em atividades plenas no Ceará irão fazer coligações proporcionais nas eleições deste ano, as últimas permitidas pela Legislação Eleitoral. A partir deste ano as coligações só poderão acontecer para as eleições majoritárias, de prefeito, governador e presidente da República.

O presidente estadual do PHS, Marcio Aurélio, diz que a legenda não tem “estrutura” para lançar “sozinho” uma chapa de candidatos a deputado federal e estadual, principalmente, quando existe uma cláusula de desempenho a ser superada. Segundo o dirigente, o partido vai “caminhar junto” com o Avante, comandado pelo deputado federal, Cabo Sabino, com quem ele diz ter uma relação muito próxima, além de outros partidos que estão em negociação.

“O que é prioridade nossa é a questão da cláusula de barreira, a gente tem esse desafio, porque o que vale são os votos pra deputado federal. Temos em torno de 10 pré-candidatos a deputado federal. Eu estando numa chapa, numa coligação, onde o candidato, que é o nosso filiado, se sinta dentro da briga, ele se interessa mais em correr atrás dos votos, então não adianta irmos pra um canto, onde o nosso pré-candidato não se sinta à vontade, onde já entra derrotado”, salientou.

O PSC é outro partido que tem como prioridade a eleição de, pelo menos, um deputado federal no Ceará. A presidente da legenda no Estado, Nicolle Barbosa, que, inclusive, é pré-candidata do partido à Câmara, enfatizou o “compromisso” do diretório estadual em ajudar a legenda a aumentar a bancada federal que conta, hoje, com nove parlamentares. Para isso, ela disse que o PSC vai compor um bloco com os demais partidos aliados ao governador Camilo Santana (PT). O porta-voz da Rede Sustentabilidade no Estado, Wesley Diógenes, também frisou que vai “focar esforços” na eleição de, pelo menos, um deputado federal e, para tanto, está fechando a coligação que o partido participará.

Já o presidente estadual do partido Novo, Jerônimo Ivo, diz que a sigla decidiu ir para a disputa proporcional “sozinho”, visando fazer um “treinamento” para as próximas eleições municipais, em que as coligações já serão proibidas. Ele afirma que nas eleições deste ano será lançada apenas uma chapa com quatro candidatos a deputado federal, sem postulantes à Assembleia. Ao ser questionado se o partido terá estrutura para eleger um de seus candidatos, Jerônimo disse que apresentará o que o partido tem de melhor.

“Nós vamos apresentar para a sociedade o que a gente tem e mostrando os valores que nós temos, as pessoas que estão dispostas a contribuir com a sociedade. Não vai existir coligação (em 2018), estamos fazendo um treinamento do que está por vir. Talvez ele (Novo) se sobressaia em 2020, vamos estar com uma estrutura bem melhor, vamos estar mais experientes nessa questão de não trabalhar com coligação”, defendeu.

O PROS no Ceará, que apoia a candidatura do general Guilherme Theophilo (PSDB) para  Governo do Estado, já decidiu que não vai se coligar com outros demais aliados nas eleições proporcionais. Segundo o presidente da legenda no Ceará, deputado estadual Capitão Wagner, o PROS já conta com uma chapa completa de candidatos para as duas Casas Legislativas e se coligar poderá diminuir a possibilidade de eleger candidatos próprios. Wagner, que é pré-candidato a deputado federal, bateu recorde de votação na eleição para deputado estadual, em 2014, com mais de 194 mil votos, e se repetir o bom desempenho na disputa deste ano poderá “puxar” votos para candidatos do seu partido e ajudar a elegê-los.

“Tenho 33 candidatos a deputado federal e 69 a deputado estadual, na hora que eu coligo eu vou absorver os candidatos dos outros partidos e vou dispensar os do PROS. Quem tá querendo coligar não tem candidatos suficientes e eu tenho só no PROS esse grupo completo. Não faz sentido coligar e tirar da disputa candidatos do PROS, quem perde é o meu partido e tenho o compromisso de dar maior número de votos ao meu partido em relação a deputado federal e estadual”, sustentou.

Além do Novo e do PROS, o Patriota também vai lançar uma chapa pura na eleição para a Assembleia Legislativa, segundo o dirigente estadual da legenda, Samuel Braga. Já para a Câmara Federal, o partido formará coligação junto com partidos da base governista. O PSTU, que tem como pré-candidato ao Governo do Estado, Francisco Gonzaga, também não vai fazer coligação nestas eleições proporcionais, segundo informou a sua assessoria. O PT e o PCdoB, ambos da base de apoio de Camilo Santana, também estão avaliando a melhor estratégia para concorrer a vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

Por Letícia Lima / DIARIONORDESTE

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