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Hora do mata-mata

Vera Magalhães, O Estado de S.Paulo

11 Julho 2018 | 04h00

A campanha entra na fase de mata-mata na semana que vem, quando devem ser anunciadas as primeiras definições de alianças.

O PSB deverá aprovar um indicativo de apoio a Ciro Gomes (PDT) já na segunda-feira, após uma reunião da Executiva. A aliança com o presidenciável pedetista deve prevalecer em relação às propostas de que o partido fique “solteiro” ou que feche com o PT.

O chamado “blocão” também se encaminha para um desfecho da novela sobre para onde vão DEM, PP, PRB e Solidariedade.

O maior entrave hoje para isso são os Democratas. ACM Neto e Rodrigo Maia comandam nas próximas 48 horas conversas internas e com partidos aliados para chegar a um veredicto, que pode também ser anunciado na semana que vem.

O presidente da Câmara dos Deputados é hoje o maior “cirista” da sigla. Acha que o apoio ao pedetista facilitará a vida dos candidatos do DEM em colégios importantes, como o Rio (não por acaso, o seu), Minas Gerais e Goiás.

O prefeito de Salvador, que já flertou mais fortemente com essa ideia, tem dito nos últimos dias que o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) é uma opção mais “segura” e fácil de explicar. 

Se prevalecer a aliança com os tucanos, o DEM acredita que consegue arrastar junto o PRB e o Solidariedade. Resta a dúvida sobre o PP, que, a despeito de ser o mais próximo do bloco a fechar com Ciro, pode ceder aos apelos de Rodrigo Maia caso a decisão do DEM seja pró-Alckmin.

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Campanha quer narrar atuação de Meirelles sem mostrar Temer  Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO

SUJEITO OCULTO

Temer aceita ficar fora da campanha de Meirelles

O martelo foi batido em reunião da cúpula do MDB no domingo: o presidente Michel Temer não dará as caras na campanha de Henrique Meirelles à Presidência. A partir desta definição, reduziu-se o risco de o partido rifar o candidato. Tanto que a convenção foi marcada para o dia 4 de agosto e o que antes seria um ato discreto está ganhando ares de festa maior. O “QG” de Meirelles ainda conta com a possibilidade de um acordo de partidos que inviabilize a candidatura própria, mas a avaliação é de que a repulsa das demais siglas a Temer acabou por selar sua candidatura.

DUTO ENTUPIDO

Lula preso dificulta transferência de votos

O afã de tirar Lula da prisão, ainda que por algumas horas, se explica pela necessidade de produzir um fato político em que ele passasse o bastão da candidatura para seu “ungido”, com direito a imagens e discurso. Por avaliações internas do PT, que batem com pesquisas qualitativas encomendadas por adversários, o impacto da nomeação do “eleito”, que deverá mesmo ser Haddad, é menor com Lula preso, mesmo com o discurso de que ele é vítima de perseguição.

COMO FAZER ‘AMIGOS’

Ao nomear Perillo, Alckmin ganhou um inimigo: Caiado

No momento em que tenta a todo custo atrair apoio do DEM, Alckmin ganhou um opositor ferrenho à ideia de que a sigla feche com ele: o senador Ronaldo Caiado. A razão é o paulista ter designado como coordenador político da campanha o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, adversário histórico de Caiado – que, agora, defende que o partido feche com Alvaro Dias (Podemos), tese sem chance de emplacar.

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