Fux assume TSE e promete lutar contra 'fake news'
O ministro Luiz Fux assume a presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta terça (6) sob a expectativa de uma gestão mais discreta que a do antecessor, Gilmar Mendes, e com foco na aplicação da Lei da Ficha Limpa.
Por meio de sua equipe, o ministro informou que o combate a "fake news" e a organização de "caravanas" para esclarecer o eleitor sobre questões eleitorais serão prioridades de sua gestão. O mandato do ministro termina em 15 de agosto, quando será sucedido pela colega Rosa Weber, também do STF (Supremo Tribunal Federal).
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Apelidados de "punitivistas" nos bastidores dos tribunais superiores, os ministros da nova composição costumam dar decisões consideradas rígidas por advogados criminalistas e eleitorais.
A unidade do grupo dos "punitivistas" no STF deve se refletir no TSE, e a tendência é o tribunal apertar a aplicação da Lei da Ficha Limpa.
A expectativa é que o caso do ex-presidente Lula seja discutido somente em setembro, quando presidência do TSE estará nas mãos de Rosa Weber, mas a gestão de Fux pode ter de discutir o assunto se alguma ação tentar antecipar esse debate.
Caberá a Fux coordenar os trabalhos de registro de candidatura para as eleições.
Como presidente, ele terá o poder sobre a pauta do TSE e vai definir o ritmo das sessões em que os ministros vão julgar pedidos de direito de resposta na campanha de rádio e TV e representações por propaganda antecipada.
Publicamente, Fux disse que pretende deixar sua marca sobre o tema "fake news". Cabe ao TSE, por exemplo, decidir as regras eleitorais para tratar os casos de propaganda irregular na internet.
Advogados que atuam na área eleitoral destacam que o combate a "fake news" será essencial na eleição.
Para Gustavo Guedes, que defendeu Michel Temer no julgamento da chapa presidencial, essa questão "será fundamental para uma eleição mais limpa e igualitária"
Thiago Boverio, que defende no TSE o governador do Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), diz que Fux deve conduzir a Justiça Eleitoral "com olhar atento para as questões mais prementes da contemporaneidade, tais como a influência das 'fake news' nas eleições".
Miranda é alvo de ação por suposto abuso de poder político e econômico, além de acusação de arrecadação e gastos ilícitos de recursos na campanha de 2014. O caso deverá ser pautado por Fux.
A gestão do magistrado deve incluir ainda "caravanas" nas quais ministros, advogados, promotores e acadêmicos ajudam a esclarecer dúvidas de eleitores sobre temas como propaganda eleitoral, compra de votos, e cadastro biométrico, por exemplo .