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Eleições no Ceará – Você apostaria em nome novo?

Com o título “Questões para 2018 no Ceará”, eis o que escreve o jornalista Fabio Campos em sua coluna no O POVO desta quinta-feira. Ele bate na tecla de que o eleitor quer nome novo disputando o Governo. Será? Confira:

As circunstâncias políticas não recomendam que se promovam leituras dos cenários de 2018 com os olhos e as experiências das eleições anteriores. A crise foi profunda e se arrasta desde 2014. Desde então, além da crise, várias decisões que, para o bem e para o mal, produzem mudanças de grande efeito. Uma delas: como fazer uma campanha presidencial e de governador sem doações privadas?

São muitas outras. O aumento do desgaste da política, dos políticos e dos partidos também é outro componente a se considerar. É imenso o desejo de grande parte dos eleitores em votar em nomes novos e qualificados, que nunca tenham se metido no lamaçal vigente. Mas, para isso, é preciso que o sistema (degradado e desgastado) apresente as novidades.

Vejam o que aconteceu agora na eleição extra para governador do Amazonas. Foram para segundo turno dois veteranos que já governaram o Estado mais de uma vez. Ora, o sistema não apresentou outras opções viáveis. Assim, prevaleceu na cabeça do eleitor uma velha sentença: se só tem tu, vai tu mesmo.

Outro diferencial muito importante: a tendência é que as chapas e coligações formadas nos estados reproduzam as chapas que serão construídas para a disputa federal. É aí que reside uma questão fundamental: os partidos médios e grandes dificilmente terão autonomia para se coligar de acordo com seus interesses locais.

Exemplo: o DEM terá papel importante numa chapa presidencial. Portanto, a orientação será que a sigla componha chapas no âmbito regional que fortaleçam o seu palanque nacional. Ou seja, não será simples para o DEM manter apoio ao governador Camilo Santana (PT) que apoiará Ciro Gomes. Compreendem?

O fato é que Tasso Jereissati começa a reunir a sua tropa. O senador juntou em sua sala gente como Domingos Filho (PSD) e Roberto Pessoa (PR). Atentem: são dois partidos médios que deverão compor nacionalmente com o PSDB. Há pressão para o tucano ser candidato, mas é melhor apostar em nome novo.

Outro ponto: sem dinheiro fácil no mercado político, com uma campanha mais curta e menos robusta, os potenciais candidatos não vão demorar a aparecer. É para já, principalmente se o nome for pouco conhecido do grande público. A propósito: do jeito que está a nossa política, ser pouco conhecido pode até ser uma vantagem.

Camilo Santana está com agenda de candidato. Muito mais presente nas ruas e com publicidade nova na mídia. O governador chega na frente por ser mais conhecido, por estar no poder e por possuir uma agenda executiva. Mas isso não é tudo. É importante para o governador compor uma chapa com um candidato a presidente viável. Como pertence ao PT, mas apoia Ciro do PDT, há um nó a desatar.

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