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Eleições 2016: as chances de quem busca a reeleição

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Em 2016, nas eleições com a campanha mais curta desde a redemocratização, os atuais prefeitos vão disputar a reeleição em 22 das 26 capitais brasileiras - só quatro não podem se reeleger, mas devem tentar emplacar o sucessor. Com a redução do tempo de propaganda eleitoral de noventa para 45 dias - o que dificulta para candidatos desconhecidos ou estreantes - e a probição das doações por empresas, os políticos com a máquina administrativa nas mãos ou mais lembrados pelo eleitorado podem levar alguma vantagem.Esses prefeitos também devem enfrentar um número maior de adversários, por causa do aumento no número de partidos com registro na Justiça Eleitoral (35) e representação na Câmara dos Deputados - eram 22 e passaram a ser 28 em 2015, consequentemente, eles possuem tempo de TV no horário eleitoral gratuito e participação do Fundo Partidário, trunfos ainda mais importantes a partir de 2016. E um fator cujo impacto é difícil de estimar: um eleitorado descrente e insatisfeito, em meio ao escândalos do petrolão e à crise econômica e política do país. Pesquisa do Ibope mostrou que apenas 22% dos eleitores pretendem votar no atual prefeito.

Manaus - AM

Embora desponte com algum favoritismo, o atual prefeito, Artur Virgílio Neto (PSDB), deve enfrentar candidatos saídos do grupo político que venceu as últimas duas eleições e tem influência do governador José Melo (Pros) e do senador Omar Aziz (PSD). Um deles é o vice-governador do Amazonas, Henrique Oliveira (SD), que concorreu em 2012. Outro é o deputado Hissa Abrahão (PPS), que se elegeu vice-prefeito do tucano, mas rompeu politicamente com ele no ano passado e agora orbita entre os aliados do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB). O partido de Braga, porém, pode ter candidato próprio, como o deputado Marcos Rotta, presidente da CPI do BNDES. Também podem aparecer nas urnas o nome da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), derrotada por Artur Neto em 2012, do deputado e ex-prefeito Serafim Corrêa (PSB) e do ex-deputado Marcelo Ramos (PR). Deve haver segundo turno.

Rio Branco - AC

Com apoio integral do clã Viana, o prefeito Marcus Alexandre é uma das apostas do PT para manter o domínio no Acre. Ele é um dos três únicos prefeitos de capital do partido. Apesar do apoio da máquina estadual a reeleição de Alexandre não deve ser fácil. O PSDB planeja lançar um nome novo na disputa, o engenheiro florestal Francineudo Costa, ex-PV. O PMDB pode ter como candidata a deputada estadual Eliane Sinhasique. Além deles, Tião Bocalom assumiu o DEM com revanche pela derrota em 2012.

Belém - PA

O tucano Zenaldo Coutinho enfrenta um cenário de adversidade para se reeleger e está mal avaliado. Ele terá como adversários, entre outros, os deputados federais Éder Mauro (PSD) e Edmilson Rodrigues (PSOL), também ex-prefeito da cidade, além de Arnaldo Jordy (PPS), José Priante (PMDB) e Jefferson Lima (PP) e Duciomar Costa (PTB). As sondagens locais indicam que a preferência é por um nome de oposição a Coutinho. A máquina do PSDB no Estado, com o governador Simão Jatene, e na prefeitura deve ser o principal alicerce da campanha de Coutinho à reeleição.

Boa Vista - RR

O PSDB e o PDT devem lançar candidatos próprios na disputa contra a reeleição da prefeita peemedebista Teresa Surita. Os nomes ainda não foram definidos, mas entre os tucanos estão cotados os ex-governadores José de Anchieta Junior e Chico Rodrigues, além da deputada federal Shéridan. No PDT do senador Telmário Mota, um dos nomes especulados é o do deputado federal Abel Galinha.

Porto Velho - RO

O prefeito Mauro Nazif (PSB) deve ter como adversários na busca pela reeleição o secretário estadual Willames Pimentel (PMDB), o deputado estadual Léo Moraes (PTC), o ex-senador Odacir Soares (PP) e uma mulher, a jovem deputada federal Mariana Carvalho (PSDB).

Palmas - TO

O prefeito Carlos Amastha, colombiano naturalizado brasileiro, trocou o PP pelo PSB e tentará se reeleger contra adversários cnhecidos como Marcelo Lelis (PV), segundo colocado em 2012, o ex-prefeito Raul Filho (PR) e o deputado Carlos Gaguim, que assumiu o controle do recém-fundado PMB. O PMDB, da ministra Kátia Abreu e do governador Marcelo Miranda, ainda deve lançar um candidato próprio.

Macapá - AP

Ainda sem partido, o prefeito de Macapá, Clécio Luís, deixou o PSOL para tentar um arco de alianças maior a fim de se reeleger e de fortalecer a oposição ao clã Sarney no Amapá. No ano passado, esse campo político com viés esquerdista perdeu o governo do Estado com a derrota de Camilo Capiberibe (PSB) para Waldez Góes (PDT), do grupo da harmonia. É possível que o ex-petista Clécio Luís ingresse no PCdoB ou na Rede Sustentabilidade, para onde migrou seu maior aliado, o senador Randolfe Rodrigues. O governador deve apontar um adversário entre os nomes de Jorge Amanajás (PPS), Roberto Góes (PDT) e Gilvam Borges (PMDB). Pelo PSD, Lucas Barreto pode concorrer novamente.

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