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Bolsonaro se move

A nova pesquisa Datafolha, realizada no início oficial da campanha eleitoral, mostra mais uma vez na liderança o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 47% das intenções de voto, seguido pelo atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL), que marca 32%.

A principal novidade do levantamento em relação ao anterior, do final de julho, é a redução da distância entre os dois postulantes.

Enquanto Lula se mantém estável, Bolsonaro, que registrava 29%, ganha três pontos percentuais, enquanto a margem de erro da sondagem é de dois pontos para mais ou para menos. Desde maio, a vantagem do petista caiu de 21 para 15 pontos percentuais.

O presidente também vê melhorar a avaliação de seu governo, considerado ótimo ou bom por 30% dos eleitores, a taxa mais alta desde março de 2021, embora permaneça com elevada rejeição (51%).

São movimentos comedidos, mas dignos de nota, considerando-se que a massa exorbitante de recursos públicos mobilizada pelo governo federal para distribuir benesses no período eleitoral apenas começa a chegar aos destinatários —os primeiros pagamentos de novos auxílios e valores ocorreram nos últimos dias.

O presidente pode ainda colher alguns números favoráveis no terreno da economia, em especial quanto à redução das taxas de inflação e desemprego.

Por ora, Lula preserva expressiva vantagem na faixa de renda até dois salários mínimos, de 55% a 23%, e é o preferido entre mulheres, jovens e menos escolarizados.

Já seu oponente cresceu sete pontos percentuais em relação à última pesquisa no segmento que ganha entre dois e cinco mínimos, ultrapassando o petista (41% a 38%), e tem vantagem de 47% a 34% na faixa entre cinco e dez pisos.

Na distribuição regional, Lula é de longe o preferido da região Nordeste (57% a 24%), tem vantagem substancial no Sudeste, maior colégio eleitoral do país (44% a 32%), e está à frente no Sul (43% a 39%). O mandatário surge à frente no Norte (43% a 41%) e no Centro-Oeste (42% a 36%), regiões com peso eleitoral bem mais modesto.

O retrato apresentado pelo Datafolha neste início de campanha revela que o petista continua com chances de vencer no primeiro turno, já que teria, hoje, 51% dos votos válidos. Na hipótese de segundo turno, sairia vitorioso. Faltam contudo mais de 40 dias até a votação.

Resta desejar que a corrida eleitoral deixe de lado aspectos pouco auspiciosos, como a insistência na divulgação de fake news e a exploração apelativa de controvérsias no campo da moral e da religião, e ganhe consistência com o debate de programas de governo e propostas de políticas públicas.

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