Candidatos fora da polarização lideram em nove Estados
Mariana Carneiro, Julia Lindner e Gustavo Côrtes
24 de julho de 2022 | 05h01
A poucos dias do prazo final para o registro das alianças na eleição deste ano, candidatos que se equilibram no meio da polarização entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) lideram as pesquisas em nove Estados, de acordo com levantamentos do Real Time Big Data feitos entre o fim de maio e sexta-feira. Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Amazonas, Bahia, Piauí, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Pará têm como favoritos nomes que se declaram fora dos dois polos, apesar de aproximações aqui e ali. O União Brasil é a sigla mais recorrente, com Ronaldo Caiado, em Goiás, ACM Neto, na Bahia, e Silvio Mendes, no Piauí – este último, embora tenha o PP de Ciro Nogueira na chapa, diz preferir não se vincular a Bolsonaro.
VIGIADO. No Pará, Helder Barbalho (MDB) fez uma aliança com petistas e bolsonaristas na mesma chapa. Embora o nome dele esteja disseminado como integrante da ala lulista do MDB, o deputado José Priante, que é seu primo, afirma que Helder vai manter apoio a Simone Tebet. “No Pará, o Helder apoia no 1º turno a Simone”, diz.
CORRIDA. Helder e ACM Neto travam uma disputa nos bastidores sobre quem será o governador eleito com o maior porcentual de votos. As pesquisas mais recentes mostram Helder com 62% e ACM Neto com 56%
GELEIA. Em quatro dos nove estados, o candidato da via do meio é seguido por um lulista e, em outros quatro, por um bolsonarista. Em Goiás, Caiado está à frente do tucano Marconi Perillo. A vantagem é apenas numérica no RS, AM, MA e MS, o que indica luta acirrada do centro pela sobrevivência.
PRONTO, FALEI. Márcio França, candidato ao Senado (PSB-SP).
“Sei que todos dizem para não falar, mas estou há muito tempo na vida pública. Ninguém ganha de véspera, por mais que tenha certeza de que está tudo certo.”
CLICK. Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil (PP).
Participou de evento do PDT no Piauí para garantir o apoio do partido de Ciro Gomes ao candidato que ele apoia ao governo, Silvio Mendes (União).