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Desunida, terceira via enfrenta impasses para montar palanques estaduais

Gustavo Schmitt e Bianca Gomes / O GLOBO

 

SÃO PAULO - Ainda distante de uma definição sobre como disputará as eleições deste ano, a chamada terceira via tem alianças políticas emperradas nos estados. Com baixa intenção de voto nas pesquisas de opinião, a senadora Simone Tebet (MDB-MS), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) veem candidatos a governador de seus partidos nos estados inclinados a apoiar o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao mesmo tempo, o pacto dos partidos de centro por uma candidatura única se tornou ainda mais incerto após o União Brasil desembarcar e decidir lançar uma chapa pura com Luciano Bivar, que preside a sigla.

Como Lula e Bolsonaro estão na primeira e segunda posições nas pesquisas, os candidatos a governador e deputados procuram se associar aos dois por estratégia eleitoral de sobrevivência. Simone e Ciro farão campanha no Nordeste ao lado de correligionários que também vão pedir votos para o líder petista. Os pré-candidatos do MDB a governador Paulo Dantas, em Alagoas, e Veneziano Vital do Rêgo, na Paraíba, não disfarçam sua simpatia pelo ex-presidente e até publicaram fotos em agendas conjuntas.

União improvável

O presidenciável do PDT enfrenta o mesmo dissabor no Maranhão, onde o senador Weverton Rocha, que participou até de um encontro estadual ao lado do petista, costuma se apresentar como “o melhor amigo de Lula”. Doria também vive situação semelhante no Mato Grosso do Sul, onde o tucano e pré-candidato a governador Eduardo Riedel já disse publicamente: “Meu palanque é do presidente Bolsonaro”. A chapa do candidato terá a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, que disputa o Senado.

Mesmo com todas essas dificuldades, o PSDB ainda trabalha por uma aliança com o MDB de Tebet que, por sua vez, tem feito acenos a Ciro —, mas a união com o pedetista é vista como improvável em razão de seu temperamento e de divergências na pauta econômica. Ainda assim, a senadora desponta como favorita para encabeçar uma chapa das siglas de centro, de acordo com fontes da direção dos dois partidos que acompanham as negociações.

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