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Sem candidato próprio, Kassab deve liberar palanques regionais, dizem aliados

Victoria Abel, da CBN / o globo

 

SÃO PAULO - Em meio à falta de nomes para uma candidatura própria à presidência da República, o ex-ministro e presidente do PSD, Gilberto Kassab, pode liberar palanques regionais do partido para apoios a candidatos de diferentes campos políticos, ainda no primeiro turno. A avaliação é de deputados e senadores do PSD. Interlocutores de Kassab afirmam que "não há chance alguma" do partido apoiar o ex-presidente Lula (PT) no primeiro ou segundo turno da corrida ao Planalto.

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O PSD é dividido. De um lado, o partido abriga apoiadores do ex-presidente Lula, principalmente no Norte e Nordeste do país, como os senadores Omar Aziz, do Amazonas, e Otto Alencar, da Bahia. Do outro lado, a sigla é preenchida por uma bancada mais conservadora, com parlamentares ligados à igreja evangélica Assembleia de Deus.

Um deles foi líder da bancada religiosa na Câmara em 2021, o deputado federal Cezinha de Madureira, liderança do Ministério Madureira da Assembleia, um dos ramos da igreja. Em São Paulo, a deputada estadual Marta Costa é filha do pastor presidente da Assembleia de Deus, José Wellington Bezerra da Costa.

– Pegou mal. Temos valores muito diferentes da esquerda – disse Marta Costa sobre a possibilidade aventada de Kassab apoiar Lula.

Diante dessa divisão, a liberação de palanques deve ser a saída mais provável de Kassab.

– Caso o partido não venha a ter um nome oficial, provavelmente os palanques nos estados estarão liberados para qualquer tipo de composição – disse o senador Ângelo Coronel.

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Kassab ainda quer lançar um nome do partido e afirma aos colegas de legenda que tem até julho para a definição.

– O PSD insistirá até o último segundo de jogo em ter uma candidatura própria. Se o intento não se concretizar, a tendência, creio, será a de liberar os seus membros até porque dentro das bancadas da Câmara e do Senado há posições pró Lula e pró Bolsonaro – afirmou o deputado federal Fábio Trad (PSD).

Kassab tem se dividido entre Brasília e São Paulo, em meio às costuras para achar um nome do partido que agrade a todos para candidatura à presidência da República. O nome mais recente que circula na sigla é do deputado federal André de Paula, ex-líder da bancada do PSD na Câmara. Parlamentares afirmam que o deputado tem um perfil mais neutro, já que não é nem lulista, nem evangélico.

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