Busque abaixo o que você precisa!

Esposas e filhas de políticos são apostas de partidos cearenses para as eleições de 2022

A quase um ano das eleições, os acenos de parlamentares a suas bases ganham corpo no Ceará. Nessas comitivas que buscam reforçar alianças, a presença de esposas e filhas de políticos se tornaram comuns. No entanto, para além do apoio familiar, elas estão lá porque planejam disputar vagas no Legislativo. As pré-candidatas são apostas de partidos políticos para o pleito do próximo ano. Segundo elas, a proximidade com a vida pública aflorou o interesse de participar ativamente das eleições. 

 

Para analistas políticas, essas articulações indicam que o incentivo à participação feminina na política têm dado resultado. No entanto, ponderam que a presença de mulheres ainda é limitada àquelas que têm a benção de grandes grupos políticos. 

 

Atualmente, as mulheres ocupam 10% das vagas na Assembleia Legislativa no Ceará. Das 46 cadeiras, apenas cinco são de parlamentares do sexo feminino. Na bancada federal, esse índice cai para 4%. Das 22 vagas destinadas ao Ceará na Câmara dos Deputados, apenas uma é ocupada por mulher, a deputada Luizianne Lins (PT). 

 

PRIMEIRO PASSO

Mesmo diante da baixa representatividade das mulheres nas duas Casas, as pré-candidatas avaliam que o Legislativo estadual é um terreno mais fértil para mudar essa realidade.

Diante dessa conjuntura, Dayany Bittencourt, por exemplo, se filiou ao Republicanos em junho deste ano. O plano dela é fazer uma dobradinha com o marido, Capitão Wagner (Pros), que é pré-candidato ao Governo do Estado. A esposa buscará iniciar a trajetória política na Câmara dos Deputados, onde o parlamentar exerce mandato. 

“O interesse não iniciou agora. Desde quando meu esposo iniciou na vida pública, esse é o ar que respiramos. Viajamos por todo o Estado, conhecendo de perto a realidade do nosso povo, sempre tive a vontade de ir além, fazer mais”, aponta. 

Dayany acompanhou Wagner nas seis eleições em que ele se candidatou, mas, segundo ela, pretende traçar a própria história na política. “Só uma mulher para entender as necessidades das mulheres. E a política precisa do nosso olhar, mais sensível, mais humano. Quanto mais mulheres de coragem, de iniciativa, de voz altiva e ativa, mais ganha a política e a sociedade”, afirma. 

EM BUSCA DE ESPAÇO

O interesse em levar esse olhar para a Assembleia Legislativa do Ceará também é compartilhado pela Bispa Vanessa, que recentemente se filiou ao PSD. Ela acompanhou o marido e deputado estadual apóstolo Luiz Henrique (PP) em disputas eleitorais, mas agora pretende assumir um espaço na política. 

Outro nome feminino do PSD para o pleito do próximo ano será Gabriella Aguiar, filha do presidente da sigla, o ex-vice-governador Domingos Filho. Se eleita, Gabriella deve expandir a influência familiar na política local. No grupo, o irmão dela, Domingos Neto (PSD), é deputado federal, e a mãe, Patrícia Aguiar (PSD), é prefeita de Tauá. 

 

Compartilhar Conteúdo

444