Resultados de 2020 terão impacto nas disputas para governador em 2022
Os resultados das eleições municipais podem até não dar um indicativo fiel do quadro para a corrida presidencial em 2022, mas em alguns estados o que acontece agora vai ter reflexos em 2022 na disputa pelos governos estaduais.
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O exemplo mais visível é em Salvador, onde ACM Neto (DEM) conseguiu fazer com que seu vice, Bruno Reis (DEM), disparasse para ter condições de vencer a eleição em primeiro turno. Assim, ACM Neto já é um nome forte para a disputa do governo do estado em 2022, ainda mais porque Rui Costa (PT), já reeleito, não poderá disputar um novo mandato.
No Paraná, Rafael Greca (DEM) tem um histórico próprio como prefeito de Curitiba, mas o apoio e a grande aliança montada pelo governador Ratinho Júnior (PSD) o transforma em fraco favorito para buscar a reeleição daqui dois anos.
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Em Belo Horizonte, a votação consagradora que deve lhe conceder um segundo mandato dá a Alexandre Kalil (PSD) também o status de candidato a governador de Minas, ainda que ele tenha tempo para decidir se abandonará o mandato de prefeito no meio.
Em Alagoas, há uma eleição no interior que impactará mais os rumos da política estadual para 2022 do que a da capital. Vice-governador, Luciano Barbosa (MDB) decidiu disputar a prefeitura de Arapiraca, segunda maior cidade do estado. O governador Renan Filho e seu pai, o senador Renan Calheiros, não concordaram e chegaram a expulsar Barbosa do MDB. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), porém, entendeu que o registro do candidato está regular.
Se o vice for eleito, Renan Filho terá dificuldades caso queira deixar o cargo para disputar uma vaga no Senado, pois terá de deixar o governo na mão do presidente da Assembleia, cargo hoje ocupado por Marcelo Victor (Solidariedade), aliado do deputado Arthur Lira (PP-AL), rival dos Calheiros. O GLOBO /