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Russomanno lidera pesquisa do Ibope em disputa pela Prefeitura de SP, com Covas em 2º

SÃO PAULO | UOL

Celso Russomanno (Republicanos) aparece como líder na primeira pesquisa Ibope feita desde a confirmação dos candidatos à eleição na cidade de São Paulo, divulgada hoje pelo jornal O Estado de S. Paulo. O deputado federal e apresentador de TV tem 24% das intenções de voto, à frente de Bruno Covas (PSDB), que busca a reeleição, com 18%.

A terceira colocação tem um empate técnico, com Guilherme Boulos (PSOL) aparecendo com 8% das intenções e Márcio França (PSB), com 6%. A margem de erro é de três pontos percentuais.

A pesquisa aponta Joice Hasselmann (PSL) e Arthur "Mamãe Falei" do Val (Patriota) com apenas 2%. Andrea Matarazzo (PSD), que já esteve à frente da subprefeitura da Sé, tem 1%, assim como Filipe Sabará (Novo), que estreiam no pleito.

O PT, que concorre com Jilmar Tatto, também aparece com 1% das intenções de voto. Outros candidatos com a mesma marca são Marina Helou (Rede), Levy Fidelix (PRTB) e Vera Lucia (PSTU). A pesquisa do Ibope foi encomendada pela Associação Comercial de São Paulo.

A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº SP-04089/2020. Foram entrevistadas 1.001 pessoas entre os dias 15 e 17 de setembro. O nível de confiança estimado é de 95%.

REJEIÇÃO

Os eleitores foram questionados sobre em quem não votariam de jeito nenhum. Russomanno e Covas também lideram: o atual prefeito surge com 30%, enquanto o deputado aparece com 24%. Boulos tem 13% de rejeição, e Márcio França, 10%.

PERFIL DOS ELEITORES

Russomanno tem boa parte do seu apoio entre os mais pobres, com 31% de preferência entre eleitores com renda familiar de até um salário mínimo.

Ele também tem melhor desempenho entre os mais jovens, os menos escolarizados e os que se declaram pretos ou pardos. Além disso, ele lidera junto ao eleitorado evangélico, com 34%, 20 pontos porcentuais à frente de Covas.

O atual prefeito tem 24% das intenções de voto entre os eleitores que têm renda familiar superior a cinco salários mínimos, com 17% entre os que ganham até um salário. Ele aparece à frente de Russomanno na faixa do eleitorado mais velho, de 55 anos ou mais, com 25% das intenções de voto, contra 18% do deputado federal.

Candidato pela esquerda, Boulos aparece com apenas 2% das intenções de voto na parcela da população que ganha até um salário mínimo —o número vai a 17% entre os que ganham mais de cinco salários. Entre quem tem curso superior, as intenções de voto chegam 15%. Já entre os que estudaram até o ensino fundamental, o candidato aparece com 1% das intenções.

POUCO INTERESSE

De acordo com O Estado de S. Paulo, a pesquisa indica certo desinteresse na eleição, que foi adiada de outubro para novembro por conta da pandemia do coronavírus.

Em pesquisa espontânea, quando o entrevistado revela a escolha antes mesmo de receber um disco de papel com o nome dos candidatos, 56% dos eleitores se declaram indecisos. Já 22% afirmam que votarão nulo ou em branco.

O número é maior que o de 2016, quando os indecisos correspondiam a 45% dos entrevistados.

Já na pesquisa estimulada, quando o eleitor recebe a lista de candidatos, os indecisos ficaram em 10%, o dobro do visto em 2016.

BRANCOS E NULOS

Alfredo Cotait Neto, presidente da Associação Comercial de São Paulo, que contratou a pesquisa, alertou para a soma das taxas de indecisos e brancos ou nulos ser de um terço do total neste levantamento.

"É um número maior até que o dos dois primeiros colocados na pesquisa. É importante que os munícipes de São Paulo prestem mais atenção nas propostas dos candidatos, muitos deles desconhecidos do grande público, para que os eleitores possam exercer sua cidadania com consciência", afirmou ele ao jornal.

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