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PMDB suspende funções partidárias de seis deputados que votaram contra Temer

BRASÍLIA — O PMDB decidiu nesta quinta-feira punir os deputados que votaram a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer na semana passada. Segundo comunicado da Executiva da legenda, esses seis parlamentares ficarão suspensos, por 60 dias, de suas funções partidárias. A medida, segundo técnicos do partido, é cautelar. Neste período, o Conselho de Ética do PMDB irá analisar as punições que serão aplicadas aos infiéis. Ao final do processo, o deputado poderá sofrer desde uma advertência, até a expulsão do partido.

A medida afeta os deputados Celso Pansera (PMDB-RJ), Laura Carneiro (PMDB-RJ), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Sergio Zveiter (PMDB-RJ), Veneziano Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Vitor Valim (PMDB-CE). Jarbas, por exemplo, é vogal no diretório de Pernambuco, e será suspenso de qualquer função partidária durante esse período.

“O PMDB, em cumprimento à decisão unânime da Comissão Executiva do partido, suspendeu por 60 dias, de suas funções partidárias, os deputados que votaram a favor da denúncia do presidente da República, Michel Temer. Esta decisão foi tomada por descumprimento dos parlamentares ao fechamento de questão sobre o assunto em reunião realizada no dia 12 de julho, em Brasília. O ato de suspensão já foi comunicado a todos os filiados e ao Conselho de Ética do partido”, diz a nota do partido.

A comunicação foi feita pelo presidente do partido, senador Romero Jucá (RR). O senador também enviou a decisão para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Durante esses 60 dias, esses deputados não poderão atuar em atividades da Executiva ou de diretórios do partido nos estados. Além disto, o líder da legenda na Câmara, Baleia Rossi (PMDB-SP), pode substituir aqueles que ocupam cargos ou relatorias nas comissões da Casa. No caso de Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), não haverá punição, já que ele se absteve na votação.

Segundo assessores do Palácio do Planalto, a decisão de suspender os infiéis no PMDB é um aceno importante para o resto da base e dá uma "satisfação" ao presidente Michel Temer, que enfrentou resistência em seu próprio partido.

— Não importa o tamanho da punição, o importante é o gesto, do tipo "eu sei o que vocês fizeram no verão passado" — disse um interlocutor do governo. O GLOBO




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