GOLPE DE JANOT 3: Temer faz encontro virtuoso com líderes da base
O ambiente em Brasília está tão carregado de uma pré-pauta — “Temer tem de cair” — que até os êxitos do governo são oferecidos à opinião pública como se fossem insucessos. É uma coisa impressionante! Já os micos pagos pela vermelhada, ah, bem, seriam eventos impressionantes! As esquerdas tentaram ir às ruas gritar “Fora Temer” neste domingo. Deu tudo errado. Um mico! Pela primeira vez, não as ouvimos gritar: “O povo não é bobo/Abaixo a Rede Globo”. Desta feita, a turma que a esquerda entende por “povo” — seus militantes — e a emissora querem a mesma coisa: a deposição de Temer. Logo… Mas sigamos.
Neste domingo, o presidente marcou um bate-papo com lideranças políticas no Palácio da Alvorada. Não era um jantar, como se anunciou. Nunca chegou a ser. Mas assim foi anunciada a coisa aqui e ali. E junto circulou a informação, também falsa, de que o regabofe teve de ser cancelado por falta de convidados. Objetivo e norte moral dessa abordagem: “Temer está isolado em seu labirinto, e seu governo vai cair”.
Isso é informação? Não! É torcida!
Bem, acho eu que Temer não cai. À diferença do que sugeria tal abordagem, o encontro não foi um mico, mas um sucesso. O presidente reafirmou que não renuncia e que vai ficar no cargo até 31 de dezembro de 2018. Notem: o PSDB iria fazer uma reunião neste domingo para decidir se ficava ou não no governo. Desistiu. Percebeu se tratar de uma patuscada sem sentido. Melhor faria o partido, diga-se, se tivesse a coragem de defender o mandato de seu presidente afastado, o senador Aécio Neves (MG), proibido por Edson Fachin, contra a Constituição e o bom senso, de exercer seu mandato. Que se apure tudo contra ele, ora! Mas quem diz que Fachin pode fazer o que fez?
Sigamos. Estiveram reunidos com o presidente neste domingo as seguintes lideranças políticas:
DEPUTADOS:
Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara;
Pauderney Avelino (DEM-AM);
Danilo Forte (PSB-CE);
José Carlos Aleluia (DEM-BA);
Heráclito Fortes (PSB-PI);
André Moura (PSC-SE);
Beto Mansur (PRB-SP);
Carlos Marum (PMDB-MS);
Rogério Rosso (PSD-DF);
Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA);
Efraim Filho (DEM-PB);
Baleia Rossi (PMDB-SP);
Evandro Roman (PSD-PR);
Alexandre Baldy (PTN-GO);
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB);
Benito Gama (PTB-BA);
Pastor Franklin (PP-MG);
Artur Maia (PPS-BA);
Luis Tibé (PTdoB-MG);
José Rocha (PR-BA);
Rubens Bueno (PPS-PR);
Celso Russomano (PRB-SP);
Darcisio Perondi (PMDB-RS).
SENADORES
Eunício Oliveira (PMDB-CE), presidente do Senado;
Ciro Nogueira (PP-PI);
Romero Jucá (PMDB-RR);
Agripino Maia (DEM-N);
Tasso Jereissati (PSDB-CE);
Rose de Freitas (PMDB- ES);
MINISTROS
Mendonça Filho (DEM-PE);
Gilberto Kassab (PSD-SP);
Fernando Coelho (PSB-PE);
Osmar Terra (PMDB-RS);
Osmar Serraglio (PMDB-RS);
Helder Barbalho (PMDB-PA);
Dyogo de Oliveira (Tocantins);
Eliseu Padilha (PMDB-RS);
Moreira Franco (PMDB-RJ);
Antonio Imbassahy (PSDB-BA);
Max Beltrão (PMDB- AL);
Aloysio Nunes (PSDB- SP);
Henrique Meirelles;
Maurício Quintella (PR- AL);
Ronaldo Nogueira (PTB-RS);
Bruno Araújo (PSDB-PE);
Raul Jungmann (PPS- PE)
Concluo
A reunião, nunca jantar, com o presidente levou à conversa 23 deputados, 6 senadores e 17 ministros de Estado. Isso tudo num domingo, com uma Brasília esvaziada.
As pessoas têm o direito de ter a opinião que lhes der na telha sobre a deposição de Temer. Mas ninguém tem direito aos próprios fatos. REINALDO AZEVEDO