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Louvor a um ato de coragem e altruísmo

Editorial do O POVO deste sábado ressalta a homenagem a três militares e dois civis que salvaram um bebê e um menino, durante i Carnaval, durante um acidente automobilístico que vitimou os pais dos dois irmãos. Confira: É preciso destacar a significativa atitude do governador do Estado, Camilo Santana, ao abrir a primeira reunião do Comitê de Governança do Pacto por um Ceará Pacífico com homenagem a três militares e dois civis que praticaram um ato de coragem e solidariedade, salvando um bebê e um menino de 10 anos, depois de um acidente automobilístico no qual morreram os pais das crianças.

O carro em que viajava a família perdeu o controle e caiu no Canal de Integração, ficando submerso nas águas. Não fosse a ação rápida e corajosa desses abnegados, as crianças teriam tido o mesmo destino dos pais. O desastre aconteceu na localidade de Lajedo, em São João do Aruaru, no município de Morada Nova, no fim de fevereiro, no período de Carnaval.

Os bombeiros militares Thiago de Lima Bezerra (cabo), Eduardo Rodrigues de Brito (cabo) e Fellipe Vasconcelos Cordeiro (soldado) estavam fora de serviço e viajavam os três no mesmo veículo quando pararam na rodovia devido à aglomeração provocada pelo acidente. O carro da família já estava submerso e eles iniciaram o processo de salvamento auxiliados pelo estudante de Enfermagem Toni Rafael da Silva Lima e por José Sampaio Filho, morador da comunidade do Lajedo. Conseguiram retirar as crianças, que foram encaminhadas ao hospital, e hoje estão bem de saúde, na casa de parentes.

Os cinco receberam a mais alta condecoração dos Bombeiros (concedida a militares ou civis), que tem o nome de Medalha João Nogueira Jucá, que guarda outra história de heroísmo, acontecida no ano de 1959. Jucá era então um estudante de 17 anos quando passava em frente Hospital Geral César Cals. O edifício estava em chamas, mas ele enfrentou o fogo e retirou do local vários recém-nascidos e suas mães. Em uma das buscas, foi atingido por uma explosão, ficando ferido gravemente. Morreu poucos dias depois.

Em um momento em que se vive um clima de violência e intolerância, o ato altruísta daqueles que salvaram as duas crianças e o exemplo do jovem Jucá mostram que persiste a bondade no âmago do ser humano, reveladora da identificação desinteressada com as dores e as dificuldades dos semelhantes. E é nesse potencial restaurador que todos devemos nos apegar quando tudo o mais parece desvanecer.

Nossos parabéns aos novos heróis, a melhor homenagem que a memória de João Nogueira Jucá poderia receber.

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