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Além da morte do delator do PCC: 7 sinais de que o crime organizado saiu do controle no Brasil

Por Marcelo Godoy e Ítalo Lo Re / O ESTADÃO DE SP

 

O assassinato do delator do PCC na última sexta-feira, 8, em plena luz do dia, no Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, reflete a espiral de um problema crônico no País: o avanço do crime organizado, que pulveriza as áreas de atuação para lavar dinheiro e lucrar com o tráfico de drogas.

 

Ex-funcionário de uma das maiores construtoras da cidade, Antonio Vinicius Lopes Gritzbach fechou acordo de delação premiada em abril com o Ministério Público de SP e já tinha dado detalhes sobre o envolvimento do PCC no mercado imobiliário e no futebol.

 

Entretanto, outras operações do MP e das polícias já tinham revelado a presença do PCC no poder público municipal, a transformação do bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, em base de luxo dos chefes da facção, além do investimento em igrejas e bitcoins. Estudos ainda apontam a diversificação das rotas da venda de cocaína e a atuação de facções na gestão de garimpos ilegais no País.

 

Entretanto, outras operações do MP e das polícias já tinham revelado a presença do PCC no poder público municipal, a transformação do bairro do Tatuapé, na zona leste da capital paulista, em base de luxo dos chefes da facção, além do investimento em igrejas e bitcoins. Estudos ainda apontam a diversificação das rotas da venda de cocaína e a atuação de facções na gestão de garimpos ilegais no País.

 

Transporte público de SP

Em abril de 2024, após quatro anos de investigação, o Ministério Público de SP realizou a Operação Fim da Linha, a maior já feita contra a infiltração da facção no poder público municipal no País.


Na ocasião, duas das maiores empresas de ônibus da capital, UPBus e a Transwolff, foram acusadas de terem sido criadas com dinheiro do PCC. Quatro pessoas foram presas suspeitas de fazer parte do cartel montado pelo crime organizado para se apossar do chamado Grupo Local de Distribuição do sistema municipal de transportes, onde estão as empresas que atuam nos bairros da capital. A Prefeitura decretou intervenção nas empresas de ônibus e disse colaborar com as investigações. O Estadão não conseguiu localizar os defensores dos acusados.
 
Transformação do Tatuapé na 'Little Italy'

● A Operação Fim da Linha também apontou os tentáculos do PCC no setor imobiliário, com investimentos em diversos apartamentos de luxo no Tatuapé, na zona leste da capital. Os empreendimentos são usados para lavar dinheiro da facção. Desde 2018 a polícia realiza revistas em endereços suspeitos. Em um deles, foram apreendidos dois fuzis, uma submetralhadora, cinco pistolas e um revólver.

Felipe Rau/Estadão
De acordo com as investigações, os imóveis foram registrados em nome de empresas de fachada e de laranjas a fim de ocultar os verdadeiros donos: membros da facção, entre eles pessoas ligadas a Marcola (Marco Willians Herbas Camacho).

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