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Declaração de Lula é erro brutal, histórico, ideológico e diplomático

Por Merval Pereira / o globo

 

A única maneira de Israel voltar atrás na declaração de que Lula é persona non grata seria o Brasil pedir desculpas, mas não acredito que isso possa acontecer. Já que foi dito, é preciso encontrar uma maneira que explique a frase, através de um comunicado, sem pedir desculpas. Mas é evidente que foi um erro brutal de diplomacia, histórico e ideológico.

 

O Brasil tem todo direito e o dever de denunciar os abusos de Israel neste combate ao Hamas. Mas uma comparação desta é absurda. Se fizer uma comparação rápida dos milhões assassinados inequivocamente para exterminar os judeus com o que está acontecendo hoje não é possível aceitar uma declaração desta.

 

O Presidente da República tem que ter, ou mais conhecimento histórico, ou mais responsabilidade cada vez que abre a boca. Não é possível aceitar uma situação desta, uma frase desta, ainda mais numa reunião num país estrangeiro.

 

É inexplicável o que aconteceu, a não ser por uma tendência ideológica contra o estado de Israel, que é completamente fora da política tradicional brasileira. No momento em que você se torna defensor das ações do Hamas, a ponto de ser elogiado numa declaração formal do grupo terrorista, está prejudicando os palestinos que não têm nada a ver com terrorismo.

 

Mistura alhos com bugalhos de uma maneira absurda e com consequências graves.

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