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Foco do Centrão, FNDE será comandado por secretária da Fazenda do Ceará

Por Karolini Bandeira — Brasília / O GLOBO

 

Um dos órgãos mais cobiçados por líderes do Centrão nos últimos anos, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) será comandado no governo de Luiz Inácio Lula da Silva por Fernanda Pacobahyba, atual secretária de Fazenda do governo do Ceará.

 

O nome de Pacobahyba foi anunciado nesta terça-feira pelo futuro ministro da Educação, Camila Santana, com quem a secretária trabalhou. Santana deixou o governo em março deste ano para concorrer a uma cadeira no Senado. Ele foi eleito, mas deve se licenciar do mandato para assumir o MEC.

 

Auditora Fiscal Jurídica da Receita Estadual do Ceará desde 2009, Pacobahyba é formada em Direito pela Universidade Federal do Pará (UFPA). A futura presidente do FNDE também tem doutorado em Direito Tributário pela PUC de São Paulo.

 

Santana citou Pacobahyba como uma pessoa de "sua confiança". Ela será a primeira mulher a comandar a instituição.

 

— Vou trazer uma pessoa da minha confiança, que é especialista na área, servidora pública de carreira, que cumprirá essa missão para reorganizar. Aliás, a gente precisa reorganizar o Inep, a Capes, o FNDE, que são estruturas muito importantes para a execução das políticas de educação no Brasil. Então vamos trazer pessoas especialistas e em breve vamos anunciar— afirmou o futuro ministro.

 

Atualmente, o FNDE é comandado por indicados políticos de caciques do Centrão. O presidente do órgão é Marcelo Lopes da Ponte, ex-chefe de gabinete de Ciro Nogueira (PP-PI), atual ministro da Casa Civil, no Senado. O diretor de Ações Educacionais, por sua vez, é Gharigan Amarante, homem de confiança de Valdemar da Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro.

 

Com orçamento de R$ 45,6 bilhões neste ano, o FNDE teve compras apontadas como suspeitas neste ano. Uma delas, reveladas pelo GLOBO, envolvia a aquisição de mesas e cadeiras escolares em um número 370 vezes maior que o necessário. A licitação foi revista após a Controladoria-Geral da União (CGU) identificar as possíveis irregularidades.

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