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Itaperuna, no interior do Rio, tem bairros alagados e deslizamentos após nível do rio Muriaé chegar ao limite

RIO — A bacia hidrográfica do Rio Muriaé, que corta municípios do interior do estado do Rio e de Minas Gerais, atingiu seu nível máximo de cinco metros neste sábado, após chuva forte que caiu no município de Patrocínio do Muriaé, em Minas Gerais. Por causa disso, municípios do interior do estado do Rio entraram em alerta com risco de alagamento e chuva forte a partir deste sábado. Em Itaperuna, já houve deslizamentos, bairros alagados e tombamento de muro.

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No sábado, o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais do Rio de Janeiro (CEMADEN-RJ) emitiu um alerta de ocorrências de pontos de alagamentos, alta possibilidade de enxurradas e de inundações para municípios do interior do estado do Rio. De acordo com a nota, os municípios mais afetados seriam Laje do Muriaé, Itaperuna, que são os mais próximos a possibilidade de serem atingidos pela onda de cheia, e São José do Ubá, Miracema, Italva, São Fidélis e Cardoso Moreira.

Um balanço da Defesa Civil do estado informou que nas últimas 24 horas houve mais de 90 ocorrências relacionadas às chuvas, entre cortes de árvores e salvamentos, como de pessoas ilhadas.

Em Itaperuna, a Secretaria municipal de Defesa Civil e Ordem Pública afirmou que o nível do Rio ainda está subindo. Até o momento, seis famílias ficaram desalojados, na localidade de retiro de Muriaé, distrito de Itaperuna, e duas famílias ficaram desalojadas na cidade. Houve pontos de alagamento no centro de Itaperuna e alguns bairros na periferia, como no Surubi, Matadouro e Frigorífico. Houve dois locais com deslizamentos de terra e tombamento de muros, em Cehab.

No sábado, a Secretaria de Defesa Civil publicou um vídeo do secretário municipal da pasta, Major Luz, alertando sobre a possibilidade de transbordamento do Rio na região.

"Estamos recebendo um volume muito grande do Rio Carangola, e isso impactará diretamente o nosso município. Você, morador das áreas ribeirinhas e das áreas que são mais rapidamente afetadas, se preparem porque nós contamos com a possibilidade, entre 12h e 24h, de ocorrência de alagamento no nosso município", diz o major.

 

 

 

 
 

O Corpo de Bombeiros do estado do Rio afirmou que houve alagamentos pontuais na cidade, assim como em Natividade, Porciúncula, Bom Jesus do Itabapoana, Itaocara, Cambuci e Santo Antônio de Pádua.

A prefeitura municipal de São Fidelis emitiu um alerta no sábado para a população ribeirinha do Rio Paraíba do Sul. Às 13h, o nível do rio estava em 4,04m. Em Italva, a Defesa Civil informou que o município está em bandeira vermelha por causa do Rio Muriaé, e pediu atenção dos moradores das áreas de risco. O Corpo de Bombeiros do estado também afirma que já há pontos de alagamentos na região.

Em Cardoso Moreira, a prefeitura do muncípio diz que a região ainda está em estado de alerta, mas não há registros de alagamentos e desalojados.

Uma nota do Cemaden-RJ desta tarde de domingo diz que há um alerta de risco muito alto de deslizamento para o município de Petrópolis e de Teresópolis, na Região Serrana. Há também municípios com risco alto alto como Duque de Caxias, Magé e Guapimirim, na Baixada Fluminense; Silva Jardim, Rio Bonito e Cachoeiras de Macacu, no interior do Rio; e Angra dos Reis, na região de Costa Verde. Nas demais localidades, o risco é considerado moderado.

Defesa Civil do Rio interditou imóveis

Desde a tarde de quinta-feira até a noite deste sábado, a Defesa Civil do município do Rio registrou 130 chamados para vistoria de imóveis com rachaduras e infiltrações. Houve também deslizamento com danos a moradias. 

Entre as demandas, 22 registros foram emergenciais e resultaram em 16 interdições em bairros da Zona Norte, Centro e Zona Oeste da cidade. Não houve ocorrência com feridos.

Entre os bairros afetados está Senador Camará, Bangu, Catumbi, São Cristóvão, Vila Isabel e Andaraí. Houve registros de deslizamentos com danos em duas residências localizadas no Complexo do Alemão, na Zona Norte do município. As duas casas foram interditadas, e mais outras cinco, após inspeção da equipe técnica da Defesa Civil.

O bairro foi o mais afetado pela chuva dos últimos dias, de acordo com a pasta. A região registrou 145 milímetros em 96h, o maior acúmulo da cidade. Foi também a que teve o maior volume em 24h, com 91,6 milímetros. Outras comunidades que registraram um grande volume de chuva foram: Sumaré, no Rio Comprido, com 122,6 milímetros em 96h, e Morro da Cotia, no Lins de Vasconcelos, com 110,8 milímetros em 96h, ambos na Zona Norte. O GLOBO

 

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