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O que representa o lançamento tripulado da SpaceX previsto para amanhã?

Por André Lopes EXAME

 

SPACEX

 

A missão Crew-2, que parte amanhã, 23, levando quatro astronautas da mesma plataforma de Cabo Canaveral, na Flórida, de onde partiu o Saturn V, que levou o homem à Lua, em 1969, tem significados importantes tanto para a SpaceX quando para a Nasa.

 

Para a companhia espacial de Elon Musk trata-se de mais um teste de fogo da tecnologia de reutilização de componentes. Tanto o foguete Falcon 9, quanto a capsula Crew Dragon, são modelos reciclados de missões anteriores. O Falcon 9, apesar de ser o foguete mais amplamente usado nos EUA, com 87 viagens já feitas, falhou mais uma vez em fevereiro e explodiu. A impressão geral é de que, apesar dos avanços, o retorno do foguete ainda é um processo instável.

A tensão também se eleva quando na espaçonave estará uma tripulação experiente vinda de diferentes países. Os norte-americanos Shane Kimbrough e Megan McArthur (da Nasa), o japonês Akihiko Hoshide (da agência espacial japonesa, Jaxa) e o francês Thomas Pesquet (da agência espacial europeia, ESA).  

Kimbrough, que será o comandante da missão, já passou 189 dias a bordo da ISS. McArthur passou 12 dias no espaço a bordo do ônibus espacial Atlantis, durante a última missão de reparos do telescópio espacial Hubble em 2009. Hoshide voou no ônibus espacial Discovery em 2008 e ficou 124 dias a bordo da ISS em 2012. Por fim, Pesquet passou 196 dias no espaço durante 2016, período durante qual realizou duas caminhadas espaciais. 

A Nasa estará atenta em observar mais uma vez como a SpaceX tem involuído nos voos tripulados. Isso porque, no dia 17 de abril, a agência americana selecionou a SpaceX para levar novos astronautas americanos à Lua. O contrato estonteante de 2,9 bilhões de dólares inclui, além dos custos do lançamento, o desenvolvimento do protótipo Starship, que ainda está sendo testado nas instalações da SpaceX no sul do Texas. 

Vale acrescentar que a SpaceX foi a única das agências espaciais privadas que assumiu a responsabilidade de enviar humanos ao espaço até agora. No ano passado, com uma viagem à Estação Espacial Internacional, restabeleceu a capacidade norte-americana de realizar o feito pela primeira vez desde o fim do programa de ônibus espaciais e tirou o país da dependência da Rússia.No final, os contratos valiosos vão além de ser um pagamento ao parceiro que tem se esforçado em trazer os velhos tempos no espaçodevolta, são parte do reconhecimento.

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