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Especialistas se dividem sobre o fechamento das praias no Rio decretado por Paes

Selma Schmidt / o globo
praia de copacabana feriado em janeiro

RIO — O fechamento das praias do Rio, a fim de conter o avanço da Covid-19 na cidade, decretado pelo prefeito Eduardo Paes nesta sexta-feira, está dividindo especialistas. Mário Roberto Dal Poz, professor do Instituto de Medicina Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), considera como um bom começo a decisão do prefeito. No entanto, alerta, que só isso não basta.

— A praia e a orla são lugares de muita aglomeração — diz  Dal Poz. — É preciso olhar para a Zona Norte, as aglomerações e fazer campanhas para incentivar o uso de máscaras. O exemplo das autoridades e dos funcionários também é importante. Nas repartições públicas, não pode ser tolerado que os funcionários não usem máscara. Hoje, fui ao Centro da Cidade, e vi muita gente sem usar máscara. O elevador do prédio que fui andava lotado. Isso não pode.

Já a médica Tânia Vergara, da Sociedade Brasileira de Infectologia, discorda do fechamento das praias e da orla, por serem lugares abertos:

— O prefeito tinha muita coisa para fechar. As praias e a orla precisam é de controle, não de serem fechadas. Os quiosques, sim, devem ser fechados. Lugares abertos não oferecem riscos, se as pessoas não se aglomerarem e usarem máscaras. O que não pode é a praia ficar lotada. Mais importante é revolver o problema dos transportes públicos, dos ônibus, dos trens, do metrô, que viajam superlotados.

A médica acha que o Rio ainda não está no momento de fazer lockdown, embora esteja próximo. Na quinta-feira, Paes cogitou a possibilidade de "fechamento completo das coisas", gerando dúvidas na população.

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