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Diretores do Sírio e do Einstein estão preocupados com falta de conscientização

Sonia Racy / O ESTADO DE SP

12 de março de 2021 | 00h40

PAULO CHAPCHAP – FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Doria anunciou ontem medidas mais duras para conter a covid-19. Adianta? Em múltiplas conversas com Paulo Chachap, do Sírio Libanês, bem como com Sidney Klajner, do Einstein, essa colunista acompanha a crescente preocupação com o comportamento displicente de alguns paulistanos e com a atitude de migrantes de outras cidades, que buscam ajuda em SP. “É um absurdo, as pessoas não se conscientizam que precisam usar máscara, álcool gel e se resguardar”, observa Chapchap. “A noção clara da gravidade da situação é urgente,” completa Klajner.

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Pois é, de onde mais se espera …nada acontece. Ambos hospitais atendem boa parte da elite brasileira.

Onipotência  

O fato, na visão dos gestores, é que se não houver ampla e irrestrita conscientização da gravidade do problema e se a população não evitar locais de contágio nas próximas duas semanas, a superlotação em todo o Brasil só vai piorar ainda mais.

Aí não vai haver “lockdown” ou Doria que barre o colapso generalizado dos hospitais.

Onipotência 2 

Para ambos, é urgente a mudança de mentalidade e a adoção rígida de hábitos condizentes com o aprofundamento da pandemia. “Falta também uma política central que oriente a população como um todo. Isso ajudaria e muito”, destaca Chachap. Klajner concorda.

Campanhas publicitárias informativas para a população fariam uma grande diferença.

Noves fora 

Indagado sobre o crescimento contínuo das internações resultantes da covid-19, conhecido médico – ele atende nos dois hospitais, em dupla jornada incessante – não se conteve. “Cheguei a dizer para um pai, ao atender o quinto membro da família, que se ele me trouxesse mais um infectado por descuido, eu não iria tratar”.

Dois deles, menores de idade

 Noves fora 2 

Dados oficiais: na segunda-feira, o Sírio Libanês, na Bela Vista, tinha 188 internados (51 na UTI) por covid. Ontem, o hospital contabilizava 217 (62 na UTI). O Einstein, na mesma segunda-feira, registrava 184 internados (90 na UTI) –, e ontem o hospital chegou a 206 internados (103 na UTI).

No HC, houve uma leve diminuição. Dos 376 internados (186 na UTI) na segunda, eles somavam 370 (175 na UTI) na quarta-feira

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