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Ex-presidente da França, Sarkozy é condenado a 3 anos de prisão por corrupção

Redação, O Estado de S.Paulo

01 de março de 2021 | 10h45

O ex-presidente da FrançaNicolas Sarkozy, foi condenado a três anos de prisão - um deles sem direito a suspensão da pena - nesta segunda-feira, 1º. O Tribunal Criminal de Paris considerou Sarkozy culpado pelos crimes de corrupção e tráfico de influência no que ficou conhecido como "caso da escuta telefônica". O veredicto foi apresentado no começo da tarde (manhã, no Brasil).

Pela decisão da Justiça, Sarkozy terá que cumprir a pena em prisão domiciliar e usará tornozeleira eletrônica, por ter tentado obter, de forma ilegal, informações de um magistrado sobre uma ação legal em que ele era o investigado em 2014.

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Sarkozy
Nicolas Sarkozy, ex-presidente da França Foto: EFE

O tribunal considerou que houve um "pacto de corrupção" entre Sarkozy, o advogado Thierry Herzog e o ex-juiz Gilbert Azibert, pelos mesmos crimes. Os dois receberam a mesma pena do ex-presidente, tendo Herzog recebido uma punição adicional de proibição de exercer a advocacia por cinco anos.

A sentença também destaca que os fatos são "particularmente graves" por terem sido cometidos por um ex-presidente, que usou de seu status para ajudar um magistrado que buscava atender apenas seus interesses pessoais. Sobre o advogado, a Corte pontuou que ele estava "perfeitamente informado" sobre estar cometendo um ato ilegal.

A pena do líder conservador francês foi menor do que o pedido da acusação. Durante o julgamento, a promotoria pediu que o político de 66 anos fosse condenado a quatro anos, dos quais deveria cumprir pelo menos dois na prisão.

Durante seu testemunho, o ex-presidente disse que foi vítima de mentiras e negou a prática de qualquer ato de corrupção. "Nunca. Nunca abusei da minha influência, alegada ou real", disse ele ao tribunal em dezembro. "Que direito eles têm de me arrastar através da lama assim por seis anos? Não há lei?".

Entenda o caso

O caso pelo qual o ex-presidente foi condenado se iniciou em meio a uma outra investigação, sobre o  suposto financiamento da Líbia - na época governada pelo ditador Muammar Kadafi - na campanha de Sarkozy em 2007

Por meio de uma escuta telefônica, os promotores identificaram um diálogo entre Sarkozy e seu advogado Thierry Herzog. Segundo a acusação, o ex-presidente teria se oferecido para garantir um ótimo emprego em Mônaco para o juiz Gilbert Azibert, principal magistrado do Tribunal de Apelações da França na época, em troca de informações confidenciais sobre uma terceira investigação, que apurava supostos pagamentos ilegais da herdeira Liliane da L'Oreal Bettencourt em a campanha presidencial de 2007. / Com informações de Le Parisien, Reuters e AFP e AP

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