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Brasil registra alta de 5% no número de assassinatos em 2020, aponta levantamento

RIO — O Brasil registrou aumento de 5% no número de homicídios em 2020, em comparação com o ano anterior. Após dois anos em queda, o índice voltou a subir ano passado, apesar do estabelecimento de medidas de isolamento social por conta da pandemia da Covid-19. O número de assassinatos passou de 41.730, em 2019, para 43.892, em 2020. Os dados são do do site G1.

A região Nordeste teve aumento de 20%, o mais expressivo referente a dados de homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, categorias avaliadas pelo índice nacional de homicídios. Por outro lado, as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste registraram queda nas estatísticas em relação a 2019.

Nos dois anos anteriores, o número de assassinatos no Nordeste estava em queda, mas em 2020 foi responsável por considerável aumento no índice em todo o país.  Dos 26 estados brasileiros, 4 tiveram altas superiores a 15%, todos no Nordeste. São eles Paraíba, Piauí, Maranhão e Ceará, com a maior alta do país: 81%.

O Monitor da Violência é um levantamento realizado pelo G1, em parceria com Núcleo de Estudos da Violência, da Universidade de São Paulo (USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Aumento alarmante no Ceará

A alta expressiva no Ceará — de 2.235 homicídios em 2019 para 4.039, em 2020 — pode ser explicada, dentre outros fatores, pelo motim dos policiais militares em diversas cidades cearenses, em fevereiro de 2020, apontam especialistas ouvidos pelo G1.

O pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência da Universidade Federal do Ceará, Ricardo Moura, alerta que o período entre fevereiro e abril foi o mais violento da série histórica, iniciada em 2013, e essa explosão de assassinados também se dá pelas crescentes disputas territoriais entre facções criminosas e baixo número de policiais na ativa.

— Aqui hoje o bairro é dividido por facções. A paróquia fica numa região comandada por uma facção. Aqui pertinho, a apenas duas quadras, já é outra. Aí fica a confusão. Não podemos nem atravessar a rua. Não conseguimos realizar nosso trabalho de maneira perfeita por conta da violência — disse Ricardo ao site G1. COM O GLOBO

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