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Moraes ordena bloqueio de contas de bolsonaristas no exterior, e Twitter diz que vai recorrer de decisão 'desproporcional'

Marlen Couto / O GLOBO

O Twitter retirou do ar nesta quinta-feira também no exterior contas de empresários, políticos, blogueiros e militantes apoiadores do presidente Jair Bolsonaro alvos do inquérito das fake news, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do caso, Alexandre de Moraes, que ampliou, portanto, o bloqueio já feito no Brasil. A rede social anunciou, em nota, que vai recorrer da decisão e ressaltou que considera a suspensão dos perfis "desproporcional".

nquérito do Supremo Tribunal Federal (STF). Embora não caiba ao Twitter defender a legalidade do conteúdo postado ou a conduta das pessoas impactadas pela referida ordem, a empresa considera a determinação desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão vigente no Brasil e, por isso, irá recorrer da decisão de bloqueio", informou a rede social.

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O Twitter e o Facebook já haviam suspendido no Brasil contas dos alvos do inquérito no último dia 24, mas, como mostrou o Sonar, alguns investigados continuaram a fazer postagens visíveis apenas no exterior. Moraes também ampliou a decisão porque alguns deles tentaram ainda driblar a decisão do STF ao mudar configurações de localização das contas. 

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Entre os alvos da suspensão de redes sociais, estão os blogueiros Allan Lopes dos Santos e Bernardo Pires Kuster, os empresários Luciano Hang e Edgard Gomes Corona, a extremista Sara Giromini, e o ex-deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson. Os demais alvos do inquérito — que também foram alvo de uma operação de busca e apreensão em maio e agora da decisão pelo bloqueio de redes sociais — são os assessores do deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP), Edson Pires Salomão e Rodrigo Barbosa Ribeiro, os ativistas Eduardo Fabris Portella, Marcelo Stachin e Marcos Domingues Bellizia, o youtuber Enzo Leonardo Suzi Momenti, o blogueiro Rafael Moreno, Paulo Gonçalves Bezerra, o empresário Otávio Fakhoury, o humorista Reynaldo Bianchi e o militar reformado Winston Rodrigues Lima. 

Alguns dos alvos do inquérito também buscaram contas alternativas para se manifestar, após o bloqueio. O blogueiro Allan dos Santos passou a usar um perfil criado em junho de 2009 e que não está listado na decisão de Moraes. Já Roberto Jefferson chegou a assumir no Twitter a conta da sua filha, Cristiane Brasil, pré-candidata à prefeitura do Rio. 

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