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Andrea Bocelli critica governo italiano por condução da crise do coronavírus

Redação, Reuters / ESTADÃO

28 de julho de 2020 | 08h44

O tenor italiano Andrea Bocelli fez, na segunda-feira, 27, duras críticas à forma como o governo italiano lidou com a crise do coronavírus, dizendo que se sente humilhado por conta do lockdown recente no país, e pediu que as pessoas desobedeçam as regras em vigência. 

 

Os comentários surpreendentes, feitos durante audiência no Senado italiano, foram especialemte marcantes pois o astro cego foi um símbolo de união nacional no ápice do lockdown, quando cantou na Catedral de Milão vazia no domingo de Páscoa, em uma performance solo transmitida ao vivo e chamada de “Music for Hope”. 

 

Andrea Bocelli
O ternor italiano Andrea Bocelli  Foto: Mark Seliger/Universal Music Group

“Eu me senti humilhado e ofendido. Eu não podia deixar minha casa mesmo não cometendo nenhum crime”, disse Bocelli, de 61 anos, em uma conferência na qual estavam presentes políticos de oposição como Matteo Salvini, líder do partido de extrema-direita Liga, que tem atacado o governo do primeiro-ministro Giuseppe Conte por sua condução da crise do coronavírus. 

O ministro da Saúde da Itália se pronunciou sobre os comentários de Bocelli e Salvini. "Uso de máscara em locais fechados, distância e proibição de multidões, lavagem das mãos muitas vezes ainda são fatores elementares  nesta fase", disse Roberto Speranza, pedindo para que se respeitem as regras de higiene nessa fase da doença. Ministro enfatizou ainda a necessidade de união de todos, pelo país. 

O lockdown nacional começou na Itália no início de março e foi aliviado em fases nos três meses seguintes. Bocelli confessou que desobedeceu regras de lockdown “pois eu não achava certo ou saudável permanecer em casa com a minha idade”. 

O cantor também disse que acredita que a situação não pode ser tão séria quanto as autoridades dizem, pois ele não conhece ninguém que tenha necessitado de tratamento intensivo. “Então por que todo essa sensação de gravidade?”

Mais de 35 mil italianos morreram por conta do coronavírus.

Em suas redes sociais, o ministro lembrou que a Itália "está fora da tempestade, mas ainda não chegou a um porto seguro" e novamente pediu para respeitar essas regras para evitar possíveis infecções. 

 

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