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De Doria a Dino, saiba quais governadores ganharam e perderam apoio nas redes após embates com Bolsonaro

GOVERNADORES

 

Os atritos entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores sobre as medidas de isolamento social adotadas durante a pandemia de Covid-19 tiveram impacto no modo como os gestores estaduais, que passaram a ser alvo do bolsonarismo, são percebidos nas redes sociais. Entre 16 de março e 17 de junho, foram publicadas 21,1 milhões de menções aos 27 governadores no Twitter, de acordo com levantamento da consultoria Bites feito a pedido do Sonar. O pico, com 777 mil menções, ocorreu em 25 de março, quando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), trocou farpas com Bolsonaro em uma reunião virtual com governadores do Sudeste. 

 

De acordo com o levantamento da Bites, quem mais se beneficiou nas redes sociais da atuação no combate à pandemia de Covid-19 foram Camilo Santana (PT-CE), Hélder Barbalho (MDB-PA), Mauro Mendes (DEM-MT), Carlos Moisés (PSL-SC) e Flávio Dino (PCdoB-MA). Todos eles tiveram crescimento no número de seguidores a taxas acima de 40% nesses três meses. Camilo Santana tem 1,3 milhão de seguidores no Twitter, Facebook e Instagram, enquanto Dino tem 1,2 milhão. Entre os governadores, os dois só estão atrás de João Doria, uma potência das redes desde sua eleição para prefeito em 2016, e de Ronaldo Caiado (DEM-GO).

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Os dois governadores dos maiores estados do país, João Doria e Wilson Witzel (PSC-RJ), embarcaram de vez na oposição a Bolsonaro e, no período analisado, perderam seguidores em pelo menos uma rede (Doria no Facebook e Witzel no Twitter). Além disso, foram os principais alvos do bolsonarismo no período.

Mesmo com as perdas nas suas bases, Doria foi o governador mais mencionado em ambientes digitais. As menções a todos os outros governadores, somadas, não se igualam às menções ao tucano. Foram 11,6 milhões de tuítes sobre ele. As hashtags mais associadas aos governadores mostram como foi forte e constante a articulação do bolsonarismo contra Doria: #ImpeachmentdoDoria, #ForaDoria, #AbreImpeachmentCaue, #reageSP, #DoriaVaiQuebrarSP e #ImpeachmentdeDoria aparecem entre as dez hashtags mais associadas aos governadores — ao lado de #BolsonaroTemRazão e #FechadoComBolsonaro. 

O segundo mais citado foi Witzel, que foi mencionado em 5 milhões de tuítes no período. Ao contrário de Doria, que teve pico no dia 25 de março, o pico de Witzel foi em 26 de maio, quando foi alvo de ação do Polícia Federal — só nesse dia 444,8 mil tuítes mencionaram o governador do Rio.

— Bolsonaro escolheu como seus grandes adversários Doria e Witzel. O resultado foi que a repercussão dos dois foi muito negativa no campo em que pretendiam avançar sobre o presidente. Do outro lado, quem se contrapôs a ele só ganhou com a oposição, especialmente na esquerda. Quem entregou resultados mesmo sem polarizar também pode sair ganhando na pandemia — diz André Eler, gerente de relações governamentais da Bites.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, se destaca como um dos poucos governadores que conseguem controlar as menções sobre si mesmo — boa parte delas são compartilhamentos de suas próprias mensagens. Dos 15 tuítes com mais compartilhamentos sobre governadores, ele é o único que aparece como autor de postagens, em duas publicações críticas ao governo federal. O GLOBO

governadores nas redes

 

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