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Juiz proíbe protestos de ‘grupos antagônicos’ na Paulista no próximo domingo

Rayssa Motta e Fausto Macedo / O ESTADÃO

05 de junho de 2020 | 22h55

A Justiça de São Paulo decidiu nesta sexta-feira, 5, proibir que grupos de apoiadores do presidente e opositores do governo se reúnam no mesmo horário em manifestações na Avenida Paulista no próximo domingo, 7.

Atendendo a pedido do governo do estado, o juiz Rodrigo Galvão Medina determinou, no plantão judiciário desta noite, que atos convocados por ‘grupos manifestantes manifestamente antagônicos entre si’ sejam cancelados.

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Ato contra Bolsonaro na Paulista termina em confronto com a Polícia Militar Foto: Taba Benedicto / Estadão

Na decisão, o magistrado cita nominalmente os grupos ‘Atos Antifascismo’, ‘Democracia’, ‘Pedalada Antifascista’, ‘Mais Democracia’, ‘Ato Antifascista’, ‘Torcida Organizada’, ‘Mancha Verde’, ‘Torcida Independente’, ‘Torcida Jovem’, ‘Gaviões da Fiel’, ‘Secundaristas em Luta’, ‘Canal Secundaristas’, ‘Democracia, fascismo, racismo e Homofobia, LBTQA’, ‘Vidas Pretas Importam’, ‘BRASIL CONTRA O COMUNISMO’, ‘Movimento Juntos Pela Pátria’, ‘Damas de Aço’ e ‘Guerreiras do Sudoeste’.

No último domingo, 31, um ato contra o governo, autointitulado pró-democracia e antifascista e organizado por grupos ligados a torcidas de futebol na Avenida Paulista, terminou em confronto entre manifestantes e apoiadores do presidente e também com a Polícia Militar – que interveio e usou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o início de uma briga em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). A confusão, que durou ao menos uma hora, tomou conta da avenida e deixou um rastro de destruição: vidros quebrados, caçambas de lixo e entulho revirados e fogo ateado em objetos no meio da via. Seis pessoas foram detidas, segundo a PM.

Hoje mais cedo, uma reunião entre Polícia Militar, Ministério Público Estadual e ativistas pró e contra o governo terminou sem acordo e três manifestações de rua estavam mantidas para o domingo.

Os atos a favor do presidente Jair Bolsonaro e contra as políticas de isolamento social determinadas pelo governador João Doria (PSDB) já se arrastam há semanas. Diante da escalada da ofensiva bolsonarista, manifestantes insatisfeitos com o governo saíram às ruas no último final de semana, pela primeira vez desde o início da quarentena, para protestar contra o presidente e a favor da democracia.

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