Coronavírus: UFRJ desenvolve modelo que traça previsões para pico da pandemia e número de casos da Covid-19 no Brasil
RIO - Professores da UFRJ com apoio da Marinha do Brasil, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Fundo de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) desenvolveram um modelo matemático que permite traçar previsões para o número de casos da Covid-19, reportados e não reportados, e o pico da pandemia em cenários com diferentes medidas de saúde pública.
Por solicitação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), os professores responsáveis pelo estudo, Carolina Naveira-Cotta e Renato Cotta, e o especialista em simulação de epidemias Pierre Magal, professor da Universidade de Bordeaux, França, têm fornecido simulações para diferentes cenários e regiões do país.
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— Os casos reportados são apenas uma fração do número total de indivíduos com os sintomas. É preciso considerar também os casos não reportados. Usamos como referência o modelo já utilizado em previsões relacionadas a outras doenças, como casos recentes de epidemias de influenza, cujo número de infectados não reportados é grande, assim como no caso da Covid-19 — explica Carolina Naveira-Cotta, professora da Coppe-UFRJ.
Segundo a professora, a intenção do estudo é suprir com uma ferramenta complementar aquelas já empregadas pelos órgãos responsáveis pelo controle da epidemia, regional ou nacionalmente.
Os pesquisadores usaram o dia 25/2, data do primeiro caso reportado no país, como marco para prever o pico da doença no país. Em seguida, simularam as intervenções de saúde pública.
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