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Witzel vai decretar emergência no Rio, manda fechar pontos turísticos e reduzir movimento de bares e restaurantes

RIO — O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, vai decretar situação de emergência no estado por conta da pandemia do novo coronavírus. Witzel afirmou que passou o dia reunido com entidades, donos de bares e restaurantes e produtores culturais, além do secretariado, com o objetivo de discutir medidas ainda mais restritivas para a circulação de pessoas. O decreto deve ser publicado ainda nesta segunda-feira.

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O governador anunciou que os principais pontos turísticos do Rio serão fechados a partir de amanhã, entre eles o Cristo Redentor, Pão de Açúcar, Museu do Amanhã e a Roda Gigante Rio Star. Os bares e restaurantes deverão reduzir em pelo menos 30% o movimento de clientes, priorizando o serviço de delivery e incentivando que as pessoas comprem comida e a levem para casa. Além disso, shoppings centers também se comprometeram funcionar em turno único, fechar lojas e abrir apenas as praças de alimentação.

— Estamos recomendando que os restaurantes façam o serviço de entrega em casa. Nesse caso, devem evitar o contato com o entregados. Em alguns países, os entregadores deixam a comida na porta da casa — orientou o governador.

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Em reunião com a equipe econômica, Witzel decidiu oferecer ajuda de R$320 milhões para pequenos e microempresários que, na avaliação do governo, serão os mais prejudicados no período da crise.

Segundo Witzel, a situação de emergência serve para dar justificativa e suporte para empresários e dá aval para que o estado adote medidas restritivas durante o período de proliferação do vírus. Além disso, a condição permite a contratação de profissionais e compras de equipamentos.

— Quero pedir à população pelo amor de Deus e pelo amor que você tem aos seus pais e aos seus avós — disse Witzel, fazendo um apelo para que as pessoas evitem sair de casa.

Witzel frisou que o novo decreto e uma ampliação do que foi publicado na semana passada, quando foi determinada a suspensão de aulas em escolas públicas e privadas. O novo texto tem medidas restritivas, mas caso a população não colabore, o estado poderá aplicar multas a quem descumprir as determinações. O governador disse que está em conversa com os governadores de São Paulo (João Doria) e de Minas Gerais (Romeu Zema.

— Nos falamos diariamente. Podemos recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para estabelecer multas por descumprimento. Apelo a todos. Se nada for feiro, em três semanas poderemos ter mais de 230 mil infectados — alertou Witzel.

Prevenção durante reuniões

Para evitar contatos mais próximos, o governador fez a reunião com o secretariado no Jardim de inverno do Palácio Guanabara, em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio. Uma grande mesa foi montada no local, que fica  na parte dos fundos do palácio, é aberto e sem ar-condicionado. Outra medida para evitar o contágio pelo coronavírus foi a mudança do local que Witzel concedeu a entrevista coletiva. A imprensa foi acomodada numa área ao ar livre.

Até as 15h50 da tarde desta segunda-feira, foram confirmados 234 casos do novo coronavírus no Brasil, 31 deles no Rio de Janeiro. As cidades do Rio e de São Paulo são as únicas em que há transmissão comunitária, ou seja, não é possível identificar como algumas pessoas pegaram o vírus, o que preocupa autoridades. O GLOBO

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