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Biden xinga trabalhador que o questionou sobre controle de armas

O Globo e agências internacionais

BIDEN E O TRABALHADOR

 

DETROIT — O ex-vice-presidente americano Joe Biden xingou um trabalhador durante um evento de campanha, nesta terça-feira, após ser questionado sobre sua posição acerca do controle de armas. O homem, que é operário da indústria automobilística, perguntou se o candidato democrata iria desarmar as pessoas e o acusou de estar "ativamente tentando acabar com a Segunda Emenda" — que, pela Constituição americana, garante o direito da população ao porte de armas.

— Você fala muita merda — respondeu o candidato, que ainda chamou o trabalhador de "anta".

Biden ainda tentou continuar, explicando que os direitos consagrados pela Segunda Emenda não são absolutos, mas sua irritação — ele levantou a voz para o interlocutor — não ajudou a apaziguar a situação.

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Após uma virada excepcional na Superterça — quando foram realizadas primárias em 14 estados e no território de Samoa Americana no dia 3 — e de ter obtido mais delegados até agora, o ex-vice de Barack Obama é considerado o principal nome para conseguir a nomeação do Partido Democrata e concorrer à Presidência dos Estados Unidos contra Donald Trump, em novembro. 

O xingamento aconteceu durante uma sessão de fotos na primeira montadora de automóveis de Detroit construída em décadas, no estado de Michigan, um dos seis estados onde ocorrem primárias nesta terça-feira. Vídeos do momento que o ex-vice deixou a fábrica, da Fiat Chrysler Automobiles, mostram alguns operários gritando o nome de Trump.

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O episódio é mais um em que Biden deixou de seguir o roteiro da campanha e acabou turvando a imagem de conciliador que pretende apresentar na campanha. Há algumas semanas, o ex-vice-presidente viralizou nas redes sociais ao chamar uma jovem de "recruta loroteira com cara de cão", quando questionado sobre a capacidade que teria de vencer a eleição, após ter um resultado ruim no caucus de Iowa. O xingamento era uma referência ao filme "O soldado da rainha" (1952). 

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Biden apoia o direito constitucional de portar armas, garantido pela Segunda Emenda. Porém, assim como outros candidatos democratas, ele defende que os antecedentes dos compradores sejam verificados e que haja limite para o porte de munição e armas de alto calibre. O caso desta terça fez com que o ex-vice fosse criticado nas redes sociais. A Associação Nacional de Rifles (NRA na sigla em inglês), maior grupo pró-armas do país, escreveu no Twitter que o candidato "levantou a voz" contra um "patriota". 

"Joe: donos de armas estão vendo suas mentiras", escreveu a associação.  

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Biden e seu principal adversário, Bernie Sanders, disputam nesta terça as prévias democratas em Washington, Missouri, Mississippi, Idaho e Dakota do Norte, além de Michigan. 

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