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China ‘recruta’ 100 mil patos para deter avanço de 400 bilhões de gafanhotos

Redação, O Estado de S.Paulo

21 de fevereiro de 2020 | 07h00

A Índia enviou drones para pulverizar os gafanhotos no céu. Uganda tentou exterminá-los por terra, usando 2 mil soldados para borrifar pesticida. A China fez diferente: enviou um "exército" de 100 mil patos para combater a nuvem de 400 bilhões de gafanhotos que se aproximam do país, informou nesta quarta-feira, 19, a emissora estatal CGTN.

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Fazendeiro chinês junto a criação de patos em Taizhou, na Província de Zhejiang (Reuters) 

Os insetos se aproximam da China por meio da fronteira com o Paquistão. Em um vídeo postado pela CGTN é possível ver ‘tropas’ de patos caminhando por rodovias do país. A emissora afirma que eles estão se reunindo para enfrentar uma "possível emergência".

Vizinho da China, o Paquistão enfrenta a pior infestação de gafanhotos das últimas duas décadas. O país declarou uma emergência nacional por causa dos enxames no início deste mês.

CGTN
@CGTNOfficial

"Duck troops" gather at the border to face locust swarms

Vídeo incorporado
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Os gafanhotos do deserto, grandes herbívoros, chegaram do Irã e já danificaram algodão, trigo e outras culturas. Condições climáticas favoráveis e uma resposta tardia do governo ajudaram os insetos a atacarem as áreas de cultivo, e seu potencial para destruição em larga escala está aumentando o medo de insegurança alimentar no país.

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Nuvens de gafanhotos avançam por países da África Foto: Sumy Sadurni/AFP

Khusro Bakhtiar, ministro de Segurança Alimentar do Paquistão, informou que o enxame está atualmente na fronteira entre o país e a Índia. "Foram tomadas medidas contra o inseto em mais de 121 milhões de hectares e 20 mil hectares foram pulverizados", disse ele.

Nos últimos meses de 2019, enxames de gafanhotos do deserto invadiram o leste da África, devastando colheitas, dizimando pastagens e aprofundando uma crise de fome. As Nações Unidas dizem que centenas de milhões de insetos invadiram a região do Chifre da África no pior surto em um quarto de século.

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