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Arrecadação federal sobe 4,69% e tem melhor janeiro da série histórica

BRASÍLIA | REUTERS

A arrecadação do governo federal teve crescimento real de 4,69% em janeiro, a R$ 174,991 bilhões, no melhor dado para o mês da série histórica da Receita Federal, divulgou o órgão nesta quinta-feira (20).

O dado veio acima da expectativa de R$ 167,1 bilhões, segundo pesquisa da Reuters com analistas.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, já havia dito que a arrecadação de janeiro havia sido "espetacular", mas que o time econômico não identificara fatores óbvios para explicar o impulso nas receitas no mês.

Olhando apenas para as receitas administradas pela Receita, que abarcam o recolhimento de impostos, o crescimento em janeiro também foi de 4,69% sobre igual mês do ano passado, a R$ 163,948 bilhões.

Já as receitas administradas por outros órgãos, sobretudo com a arrecadação de royalties de petróleo, avançaram 4,65% na mesma base de comparação, a R$ 11,043 bilhões.

Em apresentação, a Receita informou ter havido arrecadação atípica de R$ 2,8 bilhões em janeiro com Imposto de Renda Pessoa Jurídica/Contribuição Social Sobre Lucro Líquido.

Sem esse fator, a alta nas receitas administradas pela Receita seria de 2,91%.

Na comparação com janeiro de 2019, a elevação na arrecadação total com IRPJ/CSLL foi de 16,45%, já descontada a inflação. Em valores, o acréscimo foi de R$ 7,357 bilhões, no principal fator a guiar do resultado do mês.

Também houve forte expansão na arrecadação com Imposto de Renda Pessoa Física (aumento de 27,14%, ou R$ 436 milhões), e com Imposto de Importação/IPI-Vinculado (alta de 6,46%, equivalente a R$ 354 milhões).

Segundo a Receita, o IR das pessoas físicas cresceu em especial "nas rubricas de ganho de capital e ganhos líquidos de operações em Bolsa".

Já a alta observada na arrecadação do Imposto de Importação ocorreu num mês de forte alta do dólar frente ao real. A moeda americana valorizou 6,80%, afetada pelos temores econômicos com a disseminação do coronavírus e pela queda da taxa de juros no Brasil.

A Receita pontuou que, na comparação com janeiro de 2019, o valor em dólar das importações subiu 5,02%.

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