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João sem-braço - VEJA

O presidente deu o dito pelo não dito, mas todo mundo entendeu que queria dar um tranco no ministro Sergio Moro quando aventou a possibilidade de tirar dele as atribuições atinentes à segurança pública, criando para isso uma nova pasta e deixando o ex-juiz só com a da Justiça.

Se foi uma reação ao bom desempenho de Moro na entrevista ao programa Roda Viva, Bolsonaro revela-se, entre outras características, um ciumento. Voltou atrás dizendo que é “zero”, por enquanto (note-se) a chance de dividir o ministério comandado por Moro.

Ora, poderia ter dito isso dois dias antes, quando recebeu secretários estaduais de Segurança Pública (nem todos, pois, dos 20 presentes, nove votaram contra), reunidos em Brasília. No lugar de dar o assunto por encerrado, alimentou o debate falando que a proposta estava em “estudo”.

Balão de ensaio, como se viu. O presidente pode ser tosco, mas não é burro. Sabe que se quiser ver Moro pelas costas terá de assumir o ônus da demissão. De onde vai testando o limite da paciência do ministro que tem se mostrado ilimitada.

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